A Academia Douradense de Letras celebra os seus 31 anos de fundação – o Jubileu de Madrepérola ou Nácar. O sentimento é esse mesmo, o de resistir ao tempo e se enriquecer no percurso dessa história brilhante, onde perpassam ícones da literatura douradense, tal como a madrepérola, calcária, branca dura e brilhante, revestindo-se e enaltecendo de valor como o interior das conchas no dealbar dos anos. Estamos resistindo, mesmo na pandemia, fomentamos a produção de livros, a escrita, participamos de feiras virtuais e logo que foi possível, presencialmente, da Feira Literária de Mato Grosso do Sul, em eventos internacionais como o Encuentro de Escritores del Mercosur na Argentina em 2020 e 2021 de forma virtual.
Apoiamos os Planos Municipal de Cultura, o Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca – PMLLLB de Dourados, que ainda não foram concluídos, está em construção. A ADL sempre se fez presente nesses movimentos importantes à cultura de Dourados, são anos de construção de políticas públicas para o setor cultural, para a memória de nossa gente, não só de Dourados, mas do Mato Grosso do Sul, como um todo. A ADL apoia toda iniciativa positiva quando se trata da cultura, apoiando as universidades, as escolas, os leitores e a literatura.
Realmente, a pandemia não foi um período fácil, muito menos para despedidas, nos últimos anos fomos obrigados a nos despedir e reter nas imortalidades nossos honrosos membros do quatro de imortais como: Dr. Almir Nunes Carneiro, Dr. Ailton Stropa Garcia, Ruth Hellmann Claudino (Membro Fundador), Dr. José Alberto Vasconcellos, Aroldo Roberto Frost, Nicanor Coelho (Membro Fundador), Doratildo de Oliveira e Wilson Valentim Biasotto. Figuras estoicas que construíram um legado com suas existências honrosas e que contribuíram significativamente a cultura e história de Dourados.
Ao longo desses anos assistimos o nascimento de novos autores no município e na região da grande Dourados, adultos, crianças e adolescentes que se destacaram escrevendo histórias, contribuindo a cultura regional e se destacando nesse mister. Vimos o nascimento do Instituto Pirâmide, com o idealizador escritor Merlinton João Braff (Membro ADL), com o apoio de Odila Lange (Membro Fundador ADL) e muitos outros entusiastas nesse projeto. A ADL se fez presente na posse da Academia de Letras do Brasil, Seccional de Dourados, com a presidente honorável Odila Lange, empossando e oportunizando mais 40 cadeiras para agremiação literária no município.
Assim como inaugurações, aulas magnas, cursos, oficinas, lançamentos, eventos culturais, como a reinauguração do Centro Cultural da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), inauguração este ano, no 1º de julho, o prédio reformado da Casa da Cultura - Espaço Guaraoby , que é gerido pela Pró-reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários (PROEC) por meio da Divisão de Cultura, Esporte e Lazer (DCEL), este que é um verdadeiro marco para o município de Dourados, uma vez que o Espaço conta com o legado do maestro Adilvo Mazzini, (grande escritor e homenageando com o tributo da ADL), falecido em 2019, e considerado uma das grandes personalidades culturais de Dourados.
A ADL sempre prestigiou e fomentou as ações de cultura sendo e oferecendo todo o suporte e aporte necessários para que a população sul-mato-grossense aproveite de formações artísticas e espetáculos e desfrute da vasta gama que a literatura tem na cidade de Dourados. É uma entidade ativa na Literatura, defensora do ensino de Literatura nas escolas, incentivadora dos movimentos em prol da literatura, movimentos como o Por Um MS Literário, que visou assegurar o destaque e o acesso à Literatura em Mato Grosso do Sul. São lutas que não cessam, visto que o país não se destaca pela cultura do livro e da leitura nesses dias, porém temos o dever de nos mantermos nessa vanguarda para que ninguém se esqueça desse dever.
O atual Presidente da Academia Douradense de Letras, o Escritor e Poeta Marcos Coelho Cardoso, comemora as conquistas na área da literatura, o dia Municipal e Estadual do Contador de Histórias, como o destaque no trato de assuntos relevantes à cultura de Mato Grosso do Sul. E o mesmo segue como membro da União Brasileira de Escritores de Mato Grosso do Sul, sempre estimulando para que seus pares não desistam desse oficio maravilhoso das belas letras corroborando sempre com o lema AD INFINITUM PER ANGUSTA”.
O Título inaugural da ADL do Quadro de Membros Beneméritos da Academia Douradense de Letras foi instituído nessa gestão, no Jubileu de Hematita nos seus 28 anos de fundação, a fim de dar destaque a Literatura Douradense e é marcante por demonstrar o espírito extraordinário de personalidades que fazem história e contribuem significativamente ao município de Dourados e ao Estado de Mato Grosso do Sul. Em 2019, somamos ao quadro as personalidades da cultura e das artes Dra. Adiles do Amaral Torres e o Poeta e Compositor Carlos Antonio Marinho, para enaltecer a história acadêmica da ADL.
A Academia Douradense de Letras é uma régia instituição que contribui como a consolidação de ações de prestígio sócio-político-econômico como o incentivo ao irmanamento entre municípios, que está em tramitação, de Santa Maria/RS e Dourados/MS, resultado do seu evento internacional o FLID 2017 – Festival Literário Internacional de Dourados, que reuniu integrantes do Paraguai, Argentina, Brasil e França, assim como participação efetiva em nível de coordenação adjunta no Encontro de Escritores do MERCOSUL e mais eventos de amplitude maior como da UNESCO na Bolívia e no CHILE pela PAZ mundial. A ADL agradece ao município de Dourados, a todos os seus parceiros e amigos da literatura, na certeza de que há um caminho mais promissor para a Literatura e seu contributo imprescindível a Cidadania Brasileira, como dizemos e buscamos na ADL - AD INFINITUM PER ANGUSTA — que traduzido do latim diz: “Ao infinito por árduos caminhos”.
Breve Histórico
A Academia Douradense de Letras alçou vôo em sala de aula, quando a professora Iracema Pereira Tibúrcio, e, futura acadêmica ensinava Literatura. Ela discorria sobre a importância de Agremiações e Academias de Letras e etc., na Escola Estadual Floriano Viegas Machado, nessa cidade. Seus ensinamentos encontraram eco entre os seus alunos, na pessoa do estudante Nicanor Coelho, que na época era um jovem sonhador. Ele foi um dos mentores do tema: Fundação da Academia. O “Nica”, como é conhecido no meio acadêmico foi em busca de outros escritores para se juntar a ele. Dentre os quais, encontra apoio na pessoa, e, autora desta obra. Com o encontro e a união das mentes afins, se dá a expressão do que seria a fundação da Academia Douradense de Letras em 15 de setembro de 1991. Nicanor Coelho foi o primeiro presidente da ADL, ele que foi alcunhado de: O Idealizador.
A ADL foi declarada de “Utilidade Pública” através da Lei n. º 1863 de 06 de agosto de 1993. O quadro da Academia Douradense de Letras é composto por quarenta cadeiras que serão preenchidas por membros eleitos, porém, desde sua fundação foram investidos, 15 (quinze) membros fundadores. Na data de 27 (vinte e sete) de março de 1993 (mil novecentos e noventa e três), empossados, pelo convidado de honra o escritor Dr. Elpídio Reis - Presidente da Academia Sul-mato-grossense de Letras.
Dentre os escritores destacamos o nome da poetisa Maria Alice da Silva Ribeiro - nome artístico: Alice Ribeiro, que participou de todas as reuniões, inclusive na reunião da fundação, e o número da sua cadeira seria o número 01 (um), já que os números foram distribuídos conforme a ordem alfabética. Alice, porém, transferiu residência para os Estados Unidos, e nunca tomou posse na ADL, motivo porque a cadeira número 01 (um) ficou vaga, e só foi ocupada em 2002.
A Academia Douradense de Letras é uma entidade civil, sem fins lucrativos, e sem caráter político partidário, com seu estatuto registrado no Livro de Registro de Pessoas Jurídicas na APJ-6 sob o nº de ordem 1918, em 24 de agosto de 1992. Entidade inscrita no Ministério da Fazenda com o CGC nº 37.212.669/0001-57, com a finalidade literária, fomento de ações de defesa da língua portuguesa, de preservação das culturas existentes; incentivo à Arte pela Arte.
A acadêmica Maria Helena I. de Oliveira, cognominada de Heleninha de Oliveira, fundou o Jornal Letras Douradenses, órgão oficial da ADL, elaborou o logotipo e escolheu o slogan — AD INFINITUM PER ANGUSTA — que traduzido significa: “Ao infinito por caminhos árduos”. Idealizou também a bandeira, selo, diploma dos membros efetivos, membros correspondentes, certificado e diploma honra ao mérito, adotados pela academia.
O dia 15 de Setembro é lembrado, desde 2014, como o Dia Municipal da Academia Douradense de Letras em projeto de lei aprovado, por unanimidade, de autoria do vereador Nelson Sudário, que instituiu a data para comemorar e divulgar as atividades da ADL (Academia Douradense de Letras).