Estado mantém média de 5 mil novos casos por semana, com concentração na Capital; Dourados e Três Lagoas viram números caírem em 14 dias
Com mais de 30 mil casos positivos de coronavírus, quase 500 mortes e avanço na média estadual de volume de doentes por semana epidemiológica, Mato Grosso do Sul também registra o decréscimo no total de infectados em 2 das 4 macrorregiões de Saúde. Dados apresentados neste sábado (8) indicam sinais de que as regiões de Dourados e de Três Lagoas enfrentam a desaceleração da pandemia.
Dados apresentados pelo secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, sinalizam que, entre a 30ª e 32ª semana epidemiológica –esta finaliza neste sábado–, ainda há um “crescimento muito forte na curva de ascensão da doença”, que registra cerca de 5 mil casos novos a cada 7 dias.
Na 30ª semana epidemiológica, foram 5.009 novos casos, total que teve leve queda, para 4.724, na 31ª semana. Na que se encerra agora, o total de infectados é de 4.968. Nestes totais, a macrorregião de Campo Grande foi a principal contribuinte no volume de infecções: houve 3.230 casos na 30ª semana; 3.227 na 31ª e, nesta 32ª, já são 3.633 casos. “A macrorregião de Campo Grande é a que mais cresce em total de casos no Estado”, disse.
Conforme a Prefeitura de Campo Grande, o aumento no volume de novos casos é decorrente da maior testagem da população, que ajudou a identificar infecções ativas. O município também argumenta que cerca de 80% dos números são referentes a pacientes que já se recuperaram –na tarde de sexta-feira (7), boletim da Secretaria Municipal de Saúde confirmou 12.330 casos positivos de coronavírus na cidade, sendo 10.189 de pacientes já se recuperaram, 1.676 pacientes em isolamento domiciliar e 290 internados (139 em UTI), além de 175 mortes.
Em relação à macrorregião de Dourados –que ao longo de junho e até o início de julho foi a região que concentrou a maioria dos casos de Covid-19 e de mortes pela doença no Estado–, foram 1.079 casos novos na 30ª semana epidemiológica. Na 31ª, o número recuou para 776 e, agora, aproxima-se do fim da 32ª com 767 infectados.
“Ou seja, estamos tendo um decréscimo no número de casos em Dourados, o que mostra o esforço que tivemos com as Secretarias Municipais, não só de Dourados, mas de todos os 33 municípios da região”, pontuou Geraldo. Além de Dourados, municípios como Fátima do Sul, Douradina, Vicentina e Deodápolis se mantiveram entre os principais focos de contaminação no Estado.
Situação semelhante foi apontada em Três Lagoas que, nessas três semanas, registrou, respectivamente, 373, 304 e 252 casos positivos. “Isso mostra o declínio da curva, que tem uma descida expressiva que continuaremos a verificar. Com isso, logicamente, temos certo conforto para atuar mais fortemente em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde de Campo Grande e de Corumbá”, pontuou Geraldo.
A menção à Cidade Branca se deve ao fato de a região ainda apontar estabilidade nos números: de 327 casos na 30ª semana, foram 417 na 31ª e, para esta 32ª, já se totalizam 316 novos infectados.
O secretário de Estado de Saúde também apontou que o volume de óbitos segue “muito expressivo” no Estado, com 88 novos na 30ª semana, 102 na 31ª e 72 na 32ª –a maioria é relacionada a Campo Grande, destacou (35, 43 e 30, respectivamente).
Créditos: Humberto Marques/Midiamax