Uma nota da SES (Secretaria Estadual de Saúde) revela que 43 municípios de Mato Grosso do Sul estão sem doses da Coronavac porque o Ministério da Saúde não enviou o imunizante ao Estado.
A falta prejudica a vacinação de crianças de três a quatro anos.
“O Estado já havia solicitado ao Ministério da Saúde que enviasse novas doses, mas eles não tinham esse imunizante lá”, menciona o texto da Secretaria Estadual de Saúde.
A nova remessa é o segundo aditivo ao contrato para o fornecimento de 10 milhões de doses assinado em janeiro para o PNI (Programa Nacional de Imunizações).
Na quarta-feira (9), o Instituto Butantan declarou que enviaria 1 milhão de doses da Coronavac para vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19, e o carregamento de vacina chegaria nesta quinta-feira (10), ao Centro de Distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP).
Pfizer ‘baby’
No início da tarde de hoje, a Secretaria Estadual de Saúde informou que amanhã (11), o Estado receberá às 7h15, no Aeroporto Internacional de Campo Grande, a primeira remessa de vacina contra a Covid-19 Pfizer-BioNTech, destinada a crianças de seis meses a dois anos, 11 meses e 29 dias, com comorbidades.
Serão 15 mil doses do imunizante e os municípios poderão fazer a retirada das doses na Coordenadoria Estadual de Vigilância Epidemiológica (Ceve).
No informativo, o secretário estadual de Saúde, Flávio Britto, alertou para a necessidade dos pais levarem seus filhos para vacinarem.
“A vacina será entregue na Coordenadoria Estadual de Vigilância Epidemiológica e ficará disponível para os municípios fazerem a retirada deste imunizante. Para nós, isto significa uma tranquilidade em saber que as nossas crianças de seis meses a dois anos com comorbidades poderão ser imunizadas. Então, não deixem de levar seus filhos até uma unidade de saúde ou ponto de vacinação indicado pelo seu município”.
Esquema de vacinação
A coordenadora estadual de Vigilância Epidemiológica da SES, Ana Paula Rezende de Oliveira Goldfinger explica que o esquema de vacinação primário será composto por três doses.
A D1 e D2 deve ser administrada com quatro semanas de intervalos, seguida pela D3, a ser aplicada oito semanas após aplicação da segunda dose.
A Pfizer ‘baby’ é indicada para crianças com: Diabetes mellitus, Pneumopatias crônicas graves, Hipertensão Arterial Resistente (HAR), Hipertensão arterial estágio 3, Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo, Doenças cardiovasculares, Doenças neurológicas crônicas, Doença renal crônica, Imunocomprometidos, Hemoglobinopatias graves, Obesidade mórbida, Síndrome de Down e Cirrose hepática, sendo necessário fazer a comprovação na sala de vacinação.