Deputados e senadores de Mato Grosso do Sul receberam ofício e manifestações do Sinpospetro-MS (Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Mato Grosso do Sul) pedindo apoio para impedir a tentativa de colocar bombas de autoatendimento nos postos de combustíveis em todo Brasil. Se a proposta for aprovada, haverá o desemprego de mais de 500 mil trabalhadores no país.
“Em Mato Grosso do Sul, se essa lei for aprovada, serão mais de 5 mil trabalhadores demitidos”, afirma José Hélio da Silva, presidente do Sinpospetro-MS. A entidade mandou ofício aos parlamentares da bancada de MS e espera agora que eles não só não votem a favor desse projeto nocivo às famílias de trabalhadores como também lutem contra ele.
A proposta de automatizar a operação foi apresentada novamente pelo deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), agora em uma emenda à Medida Provisória que antecipa as mudanças no comércio varejista de combustíveis. Desta vez, Kataguiri sugere uma transição de cinco anos para que os postos ofereçam total ou parcialmente o serviço de autoatendimento.
“Nós não queremos transição. Defendemos a existência da lei que proíbe essa prática, porque os postos não são restaurantes ou lanchonetes. É um ambiente que requer treinamento”, afirma Eusébio Neto, presidente da Fenepospetro (Federação Nacional dos Empregados em Postos de Combustíveis e Derivados de Petróleo).
Ele diz que os sindicalistas estão confiantes na compreensão de Lira e acreditam que a proposta não será levada adiante na Câmara.
“Sabemos que a política é muito dinâmica, então não vamos baixar a guarda”, afirma Neto.