Em clima olímpico e de êxtase com a Tóquio-2020, o sábado (28), será dedicado às Paralimpíadas Escolares de Mato Grosso do Sul (Paraesc/MS) 2021. A competição organizada pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Desporto e Lazer (Fundesporte), com apoio da Companhia de Gás do Estado (MSGÁS), retorna ao calendário esportivo estadual e acontece em Campo Grande, com disputas nas modalidades bocha adaptada/paralímpica, paratletismo e tênis de mesa.
O evento vai reunir 69 estudantes-paratletas (43 no masculino e 26 no feminino), com deficiências física, intelectual e visual, na faixa etária de 11 a 18 anos (divididas em sub-14, sub-16 e sub-18). Eles representarão seis municípios: Campo Grande, Chapadão do Sul, Dourados, Rio Brilhante, Sidrolândia e Três Lagoas.
Os jovens paradesportistas buscam classificação à etapa nacional das Paralimpíadas Escolares, que tradicionalmente ocorre no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, complexo de excelência e alto rendimento em São Paulo (SP), com organização do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Neste ano, a competição ocorrerá de 22 a 27 de novembro.
“Nada melhor do que realizar as Paraesc em meio à emoção proporcionada pelos Jogos Paralímpicos, motivando a nossa garotada e mostrando que é possível chegar onde quiser, realizar sonhos através do esporte. Temos orgulho de poder retomar a competição neste ano, com todos os cuidados necessários, preservando todos os envolvidos”, salienta o diretor-presidente da Fundesporte, Marcelo Ferreira Miranda.
As delegações do interior chegam a Campo Grande nesta sexta-feira (27). Estrutura montada na sede campestre da Associação Esportiva e Cultural Nipo Brasileira de Campo Grande (AECNB) recepciona as equipes e servidores da Gerência-Geral de Desenvolvimento de Atividades Desportivas (Gedel) da Fundesporte fazem o credenciamento e a regularização de pendências junto à Secretaria Geral dos jogos.
No local também será feita a classificação funcional dos atletas. O processo consiste em definir a elegibilidade de um paratleta e agrupar/categorizar participantes igualmente, a fim de competirem entre si. A classificação analisa a capacidade de realizar movimentos, destacando as potencialidades dos resíduos musculares, de sequelas de algum tipo de deficiência e dos músculos que não foram lesados.
A bocha adaptada e o tênis de mesa agitam a Nipo (sede centro), das 8h às 12h (matutino) e das 13h30 às 17h (vespertino). O mesmo horário servirá ao paratletismo, que movimenta o Parque Olímpico Ayrton Senna, com as provas: 60m, 75m, 100m, 150m, 200m, 250m, 400m, 800m, 1.000m, 1.500m, salto em distância, arremesso de peso, e lançamentos de pelota, dardo e disco.
“Blindagem” e segurança sanitária
Assim como ocorreu nos Jogos Escolares de Juventude de MS – 12 a 14 anos (modalidade individuais) no último fim de semana, as Paraesc/MS terão “blindagem” para a Covid-19. O retorno da competição paralímpica acontece de forma responsável, com adoção de protocolo severo de orientação de biossegurança, elaborado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Todos os envolvidos no evento (equipe da Fundesporte, médicos e fisioterapeutas, árbitros e dirigentes/chefes de delegação e demais membros de estafe) passam por testes de Covid-19 (coleta com swab/cotonete nasal).
Os integrantes das delegações (estudantes-atletas, técnicos, motoristas e demais funcionários) de municípios do interior já foram testados no ato do embarque, com emissão de laudo que comprove o resultado negativo. Além disso, todos os alunos-paratletas passaram por avaliação médica prévia, uma das obrigatoriedades do regulamento geral das Paraesc. Posteriormente, cada município, por meio de sua secretaria de saúde, ficará encarregado de monitorar os participantes por pelo menos 10 dias, conforme orientação da SES.