Começa daqui duas semanas e meia, no dia 22 (um domingo), a 45ª edição do Campeonato Sul-mato-grossense de Futebol. Prevista para acontecer até 30 de abril, data da grande final, a competição conta com o apoio do Governo do Estado, que através da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer) e Setescc (Secretaria de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania) repassa R$ 1 milhão para sua realização.
O convênio firmado entre Fundesporte e FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) este ano será de R$ 1.014.490, todos usados em despesas de viagem para os clubes mandante, pagamento de arbitragem e de materiais esportivos.
Na edição de 2023 participam do campeonato dois times da Capital e oito do interior, somando 10 clubes. Operário e Comercial representam Campo Grande no Grupo A, ao lado de outros ex-campeões estaduais: Costa Rica e Coxim, de cidades homônimas, e a Serc (Sociedade Esportiva Recreativa Chapadão), de Chapadão do Sul.
Já no Grupo B estão Dourados e Ivinhema, dos municípios de mesmo nome, além do Aquidauanense (Aquidauana). Conhecidos por terem suas sedes até pouco tempo em Dourados e Campo Grande, respectivamente, neste ano Operário Atlético e Novo mudaram de sede e vão defender os municípios de Caarapó e Sidrolândia.
"Renovamos convênio e houve uma pequena redução pois diminui o número de jogos, mas continua com os mesmos itens. Pagamos taxas de arbitragem, hospedagem e alimentação para os times visitantes, e todo material esportivo dos clubes. O repasse é feito via federação, mas o objetivo é o apoio aos clubes quanto a despesa que eles tem", comenta o secretário de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania, Marcelo Miranda.
Maior campeão do Estadual sul-mato-grossense, o Operário Futebol Clube acumula 12 títulos e busca o segundo seguido em 2023, se gabaritando para disputar como único representante de Mato Grosso do Sul as competições nacionais previstas neste ano, que são Copa do Brasil, Copa Verde e Série D do Brasileirão.
"Da mesma forma que fizemos no ano passado, nesse ano também vamos apoiar o clube que for participar dos torneios nacionais. Já estamos sentados com Operário, que é esse representante em 2023, discutindo os detalhes desse apoio, analisando despesas para daí formalizar o termo de fomento para essa atividade", explica o diretor-presidente interino da Fundesporte, Silvio Lobo Filho.
Contudo, velhos rivais estão prontos para tomar seu lugar, como é o caso do Ivinhema. "Temos uma história, marcada principalmente pelo título de 2008. Ficamos algum tempo fora dos campos, mas agora retornamos com um time que vem se preparando para buscar o que o torcedor sonha, que é o título e a vaga na Copa do Brasil", destaca o gerente de futebol da equipe, o ex-jogador Alex Cruz.
Atacante que defendeu o próprio Ivinhema e até o Flamengo, Cruz faz parte de um trabalho para reconquistar o título estadual após 15 anos. O técnico é Douglas Ricardo, que foi comandante que ergueu o caneco em 2008, além de participar das campanhas que resultaram em vice-campeonato nos anos de 2009 e 2015.
"Pela nossa experiência com o futebol regional, sabemos que o favoritismo é do atual campeão, o Operário, mas que o futebol é resolvido nas quatro linhas. Com a tradição que o Ivinhema tem, com pé no chão e muito trabalho, conseguimos brigar", diz Cruz.
Quem também alimenta essa sede por título é o Costa Rica, que gostou do peso do troféu de campeão nas mãos em 2021 e quer erguê-lo novamente. "Começamos o planejamento já em setembro, outubro, e desde dezembro estamos com equipe técnica pronta, elenco sendo montado com muita pesquisa e trabalho, tudo para voltar a ser campeão", comenta o presidente do clube da região nordeste do Estado, André Baird.
Além disso, André ressalta como fundamental o importante apoio financeiro recebido pelos clubes para a disputa. "Fazer futebol em Mato Grosso do Sul é difícil e temos dificuldade em angariar recursos. Graças ao Governo do Estado, temos um gás a mais para poder trabalhar e colocar nossos times em campo", conclui.
O apoio do Governo de Mato Grosso do Sul ao futebol local para que o Estadual seja realizado se estende há décadas, alcançando a marca de R$ 1.068.362,40 no ano passado - um aumento de 71,5% em comparação ao valor destinado em 2015, que foi de R$ 622.840. Desde 2020, o repasse vem tendo aumento progressivo.