De janeiro e outubro de 2020, a balança comercial de Mato Grosso do Sul alcançou superávit de US$ 3,492 milhões, montante 33,14% superior ao mesmo período de 2019. O resultado é consequência da valorização do dólar e da ampliação das exportações estaduais. As informações estão na Carta de Conjuntura do Setor Externo, divulgada pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). Acesse o documento aqui.
“A moeda brasileira acumula desvalorização de 37% em um ano e esse é o principal motivo para a expansão das exportações do Brasil, claro que somado a demanda pelos nossos produtos. Em Mato Grosso do Sul, os grãos, as carnes, a celulose, açúcar e ferro, são itens com alta nas exportações”, afirma o secretário Jaime Verruck, titular da Semagro.
Até outubro de 2020, Mato Grosso do Sul exportou 4,7 milhões de toneladas de soja, o que significa que praticamente 40% de safra do grão foi destinada ao mercado externo. O volume resultou em aumento de 54,8% nos ganhos com o produto na comparação com os 10 primeiros meses de 2019. A soja representa 31% da balança comercial de MS.
Apesar do preço em queda e redução de 15,8% nas exportações em relação ao ano passado, a celulose segue como segundo produto da pauta de Mato Grosso do Sul, com participação de 28,3%. Enquanto as exportações de carne bovina se mantiveram estáveis, as de carne de aves cresceram 10% neste ano.
Os destaques dos 10 primeiros meses de 2020 são para os óleos e gorduras vegetais e animais, que tiveram aumento de 149% nas exportações, o açúcar que aumentou em 317% os envios para o exterior e o ferro-gusa, que registra crescimento de 377%. O algodão também tem aumento de 41% em 2020 comparado a 2019.
Apesar de queda de 11% nas exportações, o gás natural segue como o principal produto das importações de Mato Grosso do Sul. Os portos de Santos e Paranaguá seguem sendo os principais pontos de escoamento da produção, mas mesmo com a seca histórica em 2020, as exportações pelo porto de Porto Murtinho tiveram aumento de 57%.
“Os números mostram o quanto Mato Grosso do Sul é competitivo no mercado internacional e a necessidade de investirmos em logística para tornar o Estado ainda forte lá fora. Dentro disso, lembramos da rota bioceânica em andamento e que deve contribuir grandemente para que possamos acessar mercados asiáticos, tão importantes para o Estado”, destaca o secretário Jaime Verruck.