A atividade industrial melhorou na passagem entre os meses de junho e julho, segundo avaliação feita pelos respondentes da Sondagem Industrial do Radar Fiems. No atual levantamento, 83% das empresas industriais de Mato Grosso do Sul apresentaram crescimento ou estabilidade da produção. Comparando com o mês anterior, esse resultado foi superior em 6 pontos percentuais.
Quanto à utilização da capacidade instalada, 77% dos empresários industriais disseram que ela esteve igual ou acima do usual para o mês. Já a utilização média da capacidade total de produção encerrou o mês em 73%.
Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, para os próximos seis meses as expectativas são positivas. “Os empresários industriais de Mato Grosso do Sul estão otimistas e esperam crescimento da demanda por seus produtos e aumento das contratações. Com essa combinação, os índices de confiança e intenção de investimento permanecem em patamares positivos e acima da média histórica obtida para o mês”, afirmou.
A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 9 de agosto e ouviu 81 empresas, ou 4,4% da amostra nacional, sendo 33 pequenas, 38 médias e 10 grandes dos seguintes segmentos: produtos alimentícios, produtos de metal, confecção de artigos do vestuário e acessórios, produtos têxteis, produtos de material plástico, produtos de minerais não metálicos, máquinas e equipamentos, químicos, produtos de borracha, metalurgia, extração de minerais não metálicos, couros e artefatos de couro, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, atividades de apoio à extração de minerais, bebidas, calçados, produtos de madeira, biocombustíveis, produtos de limpeza, produtos farmoquímicos e farmacêuticos, veículos automotores, reboques e carrocerias e móveis.
Maioria dos empresários espera aumento na demanda por seus produtos
Para os próximos seis meses a partir de agosto, 58,1% das empresas responderam que esperam aumento na demanda por seus produtos. Por outro lado, para o mesmo período, 6,2% preveem queda. Já as empresas que acreditam que o nível de demanda se manterá estável responderam por 35,8% do total.
Quanto ao número de trabalhadores, 39,5% das empresas disseram que o número de empregados deve aumentar nos próximos seis meses. Por outro lado, 2,5% acreditam que esse número deve cair, enquanto 58,0% das empresas esperam manter o número de funcionários estável.
Além disso, em agosto, o índice de intenção de investimento do empresário industrial ficou em 58,2 pontos, indicando aumento de 6,0 pontos em relação à média histórica obtida para o mês. No atual levantamento 65,5% das empresas industriais disseram que pretendem realizar investimentos nos próximos seis meses. Os resultados variam de 0 a 100 pontos, quanto maior o índice, maior é a intenção de investir.
Confiança dos empresários industriais segue em patamar positivo
Em agosto, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) alcançou a marca de 65,4 pontos, indicando aumento de 3,9 pontos sobre o mês anterior e de 9,3 pontos em relação à média histórica obtida para o mês.
“Em geral, a confiança do empresário industrial de Mato Grosso do Sul segue num patamar positivo, principalmente por conta do otimismo projetado para os próximos seis meses, especialmente em relação ao desempenho esperado para a própria empresa. Por fim, o indicador permanece acima da linha divisória dos 50 pontos, sinalizando que o empresário industrial de Mato Grosso do Sul segue confiante”, detalhou Ezequiel Resende.
Ainda de acordo com a pesquisa do Radar Industrial da Fiems, em agosto, 17,2% dos respondentes consideraram que as condições atuais da economia brasileira pioraram. No caso da economia estadual, a piora foi apontada por 13,5% dos participantes e, com relação à própria empresa, as condições atuais estão piores para 14,8% dos respondentes.
Já para 43,2% dos empresários não houve alteração nas condições atuais da economia brasileira, sendo que em relação à economia sul-mato-grossense esse percentual foi de 49,4% e, a respeito da própria empresa, o número ficou em 37,0%.
Por fim, para 38,3% dos empresários as condições atuais da economia brasileira melhoraram. Já em relação à economia estadual esse percentual ficou em 35,8% e, no caso da própria empresa, o resultado foi de 46,9%. Já os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das condições atuais da economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 1,2%.
Expectativas para os próximos seis meses
Em agosto, 6,2% dos respondentes disseram que estão pessimistas em relação à economia brasileira. Em relação à economia estadual, o resultado alcançou 3,7% e, quanto ao desempenho da própria empresa, o pessimismo foi apontado por 6,1% dos empresários.
Os que acreditam que a economia brasileira deve permanecer na mesma situação ficou em 33,3%, já em relação à economia do estado esse percentual também alcançou 33,3% e, a respeito da própria empresa, 23,5% disseram que a situação deve permanecer igual.
Por fim, 59,2% dos empresários se mostraram confiantes e acreditam que o desempenho da economia brasileira vai melhorar. Já em relação à economia estadual, o resultado ficou em 61,7% e, no caso da própria empresa, 69,1% dos respondentes confiam numa melhora do desempenho apresentado.
Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das expectativas em relação à economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 1,2%.