A produção industrial de Mato Grosso do Sul alcançou em maio de 2021 o melhor resultado já registrado para o mês em toda a série histórica iniciada em 2010, de acordo com a Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da FIEMS. O levantamento foi realizado entre os dias 1.º e 14 de maio junto a 55 empresas.
Segundo a pesquisa, 84% das empresas industriais do Estado apresentaram estabilidade ou aumento na produção (53% das empresas com produção estável e 31% com crescimento). “Comparando com o mesmo mês do ano passado, essa participação foi superior em 23 pontos percentuais. Com esse desempenho, o índice de evolução da produção fechou maio de 2021 com crescimento de 9,7 pontos na comparação com igual mês do ano anterior e de 4,7 pontos sobre a média histórica obtida para o mês”, detalhou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da FIEMS, Ezequiel Resende.
Além disso, a utilização da capacidade instalada foi a mais alta para o mês de maio nos últimos sete anos. “Em maio, 71% dos respondentes disseram que a utilização da capacidade instalada ficou igual ou acima do usual para o mês, resultado 29 pontos percentuais maior que o verificado no mesmo mês do ano passado. Já o patamar médio de utilização da capacidade total ficou em 72%, indicando aumento de 6 pontos percentuais em relação a maio de 2020. Por fim, o indicador de utilização efetiva em relação ao usual fechou o mês de maio em 46,9 pontos, resultado 6,1 pontos acima da média histórica obtida para o mês”, informou Ezequiel Resende.
Perspectivas positivas para o futuro da indústria
Com relação ao índice de expectativa do empresário industrial, o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da FIEMS explica que a demanda atingiu 58,6 pontos, sinalizando expectativa de aumento para os próximos seis meses a partir de junho. “Em junho, 42% das empresas responderam que esperam aumento na demanda por seus produtos nos próximos seis meses. Por outro lado, para o mesmo período, 5% preveem queda. Já as empresas que acreditam que o nível de demanda se manterá estável responderam por 53% do total”.
A respeito dos empregados, foram atingidos 51,9 pontos, sinalizando que as contratações devem aumentar nos próximos seis meses a partir de junho. “Em junho, 15% das empresas disseram que o número de empregados deve aumentar nos próximos seis meses. Por outro lado, 5% acreditam que esse número deve cair, enquanto 80% das empresas esperam manter o número de funcionários estável”, destacou o economista.
No caso das exportações, foram 52,3 pontos, sinalizando que o volume exportado deve aumentar nos próximos seis meses a partir de junho. “Em junho, 6% dos respondentes disseram esperar aumento nas exportações de seus produtos nos próximos seis meses. Enquanto 2% acreditam que deva ocorrer queda. Já as empresas que preveem estabilidade para suas exportações responderam por 14% do total. Por fim, 78% disseram que não exportam, disse Ezequiel Resende.
Já o índice de intenção de investimento voltou a crescer. Em junho, o indicador alcançou 58,1 pontos, resultado 7,9 pontos maior que a média histórica obtida para o mês. “O atual levantamento reflete uma alta participação das empresas industriais que pretendem realizar investimentos nos próximos seis meses, correspondendo a 60% do total. Por fim, os resultados variam de 0 a 100 pontos, quanto maior o índice, maior é a intenção de investir”, ressaltou o economista da FIEMS.
Índice de Confiança e expectativas para os próximos seis meses
Ainda conforme a Sondagem Industrial, o empresário se mostrou mais confiante. O ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial) alcançou em junho a marca de 63,4 pontos, indicando aumento de 3,3 pontos sobre o mês anterior e de 9,9 pontos em relação à média histórica obtida para o mês. “A melhora na confiança deve-se, sobretudo, ao maior otimismo do empresário com os próximos seis meses. Somada também a percepção de que a economia está se recuperando, principalmente pela avaliação feita em relação às condições atuais. Ou seja, houve uma melhora na percepção em relação ao atual ambiente econômico. Por fim, o índice de confiança permanece bem acima da linha divisória dos 50 pontos, indicando que o empresário industrial de Mato Grosso do Sul segue confiante”.
Por fim, Ezequiel Resende reforçou que em junho 56,3% dos empresários se mostraram confiantes e acreditam que o desempenho da economia brasileira vai melhorar. Já em relação à economia estadual, o resultado ficou em 47,3% e, no caso da própria empresa, 60% dos respondentes confiam numa melhora do desempenho apresentado.