As exportações de Mato Grosso do Sul durante o ano passado foram recorde em valor, conforme atesta a Carta de Conjuntura do Setor Externo produzida Coordenação de Economia e Estatística da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). O saldo entre as exportações e importações também foi o maior desde 2015. As vendas dos bens produzidos no Estado a outros países somaram US$ 6,857 bilhões em 2021, valor 19% maior do que o apurado em 2018 (US$ 5,759 bi), o maior da série até então.
Já o superávit – que é a diferença entre tudo o que o Estado exporta e importa – atingiu a cifra de US$ 4,270 bilhões em 2021, quase 9% maior do que o recorde anterior, US$ 3,917 bilhões apurado no ano passado. Esse superávit ainda é muito mais expressivo se comparado ao valor de 2015, que foi o menor da série com US$ 1,307 bilhão. No ano passado Mato Grosso do Sul importou US$ 2,587 bilhões em produtos diversos, com destaque para o gás natural comprado da Bolívia, que representou 43% do total das importações.
“Esses dados demonstram o quanto a dinâmica da economia sul-mato-grossense está vinculada a sua capacidade exportadora. Uma economia exportadora é também uma economia competitiva. No cenário internacional nós tivemos um favorecimento grande da taxa de câmbio que permitiu uma boa remuneração às atividades exportadoras. Mato Grosso do Sul se consolida com esse recorde como Estado exportador e competitivo e toda essa dinâmica fortalece a economia em geral, traduzindo-se em mais empregos”, disse o secretário da Semagro, Jaime Verruck.
Produtos
A soja em grão aparece em primeiro lugar na pauta de exportações com 34,27% do total vendido ao exterior - em termos do valor - e com aumento de 44,99% em relação ao mesmo período no ano passado. Quanto ao volume, houve aumento de 12,12% do produto vendido a outros países no ano passado, em relação a 2020. O segundo produto da pauta foi a celulose, com 21,72% de participação em valor, mesmo tendo havido diminuição de 9,35% no volume exportado.
Em termos de destino das exportações, houve uma concentração para a China que comprou 45,3% do total exportado (em valor) entre janeiro e dezembro do ano passado. Por outro lado, o Egito (+80,51%) e os Estados Unidos (+79,28%) foram os que apresentaram maior crescimento em valores exportados. Já Hong Kong, com baixa de 20,31%, foi o que apresentou a maior queda de compras de produtos do Estado em 2020.
“Embora a China continue sendo nosso principal parceiro comercial, é importante observar o crescimento de outros mercados, sobretudo o norteamericano, que é bastante regulamentado. Esse é um objetivo nosso, além de diversificar a pauta de exportação, que a gente consiga também ampliar o leque de destino de nossos produtos”, disse o secretário.