A fumaça causada por queimadas na Amazônia e até mesmo do Pantanal, que encobre boa parte do Brasil, chegou a Dourados e está perceptível nesta sexta-feira (6/9). Com o céu totalmente encoberto, o sol praticamente não apareceu.
O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) identificou neste início de setembro mais de 11 mil focos de incêndio na Amazônia. “A fumaça vem de lá, assim como, muito provavelmente do Pantanal que também está sofrendo com essas queimadas”, disse o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Ricardo Fietz.
Imagens feitas de prédios da área central da maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul mostram uma densa nuvem de fumaça no horizonte. Vale mencionar que Dourados está há 12 dias sem chuvas expressivas.
“O ano de 2024 tem sido de pouca chuva. De janeiro até agosto, a chuva ficou abaixo da média. O esperado era em torno de 830 milímetros, mas choveu 514 milímetros. No nosso clima, normalmente as chuvas voltam na segunda quinzena de setembro, com a entrada da primavera. Esperamos que 2024 siga a regra”, disse ainda Fietz em entrevista ao Ligado Na Notícia.
Boletim da Embrapa Agropecuária Oeste mostra que o mês de agosto na região de Dourados teve grande variação de temperatura e poucas chuvas. Foram duas frentes frias, acompanhadas de massa de ar polar, também houve ocorrências de geadas. Já entre os dias 16 a 22 do referido mês, a cidade foi atingida por uma forte onda de calor.
A temperatura média em Dourados foi de 21,2°C, quase igual à média histórica do mês, que é de 21°C. A temperatura mínima foi de 2,8ºC, em 26 de agosto, a mínima do ano. Houve 19 dias com registro de temperaturas superiores a 30ºC. A temperatura máxima foi de 38,4°C, em 20 de agosto, a máxima do ano, segundo informou a Embrapa.