Temendo desabastecimento de combustíveis após circular em aplicativos de mensagens, notícia de suposta paralisação dos caminhoneiros a partir desta sexta-feira (18), os postos de Dourados amanheceram lotados e ao longo da manhã registaram filas extensas.
Mas essa movimentação começou já na noite de quinta-feira (17). Para se ter uma ideia, num posto que fica nas proximidades do Hospital Universitário, os motoristas garantiram o tanque cheio ontem mesmo. Exemplo disso é o motorista de aplicativo, Leandro Souza, de 30 anos.
“Assim que fiquei sabendo dessa paralisação, meu intuito foi abastecer o carro, pois preciso do meu carro para trabalhar, e por ser uma sexta-feira, início do fim de semana, a demanda por corrida de aplicativos aumenta consideravelmente nestes dias”, disse Leandro ao Ligado Na Notícia.
Leandro também contou que caso a paralisação realmente aconteça e se estenda por muitos dias, o prejuízo será tanto para o motorista, quanto para o passageiro. “O impacto será sentido para os dois lados, pois com a falta de combustível, o número de motoristas reduz, e os preços das corridas sobem, ou seja, o passageiro vai pagar mais, e hoje, já houve muita reclamação quanto aos valores cobrados”, pontuou.
A depiladora Alcione Cristiane contou à reportagem que conseguiu abastecer nas primeiras horas de hoje, porém, esporou cerca de meia-hora na fila. “Fui levar minha filha na escola e passei no posto e esperei cerca de meia-hora para conseguir abastecer meu carro”, contou.
Situação enfrentada também pela Michelle de Souza, que abasteceu num posto localizado na avenida Weimar Gonçalves Torres. “Eu consegui abastecer, apesar da imensa fila de carros e motos. Fui abastecer por medo de faltar combustível, mas por outro lado, a paralisação dos caminhoneiros é válida, pois dependemos deles”, explicou.
E houve também quem foi abastecer e desistiu. A Joyce Bairros, por exemplo, disse ao Ligado Na Notícia que passou por vários postos e, por causas das enormes filas, desistiu. “Passei por diversos postos, todos com grandes filas, acabei desistindo”, disse.
Apesar das notícias de paralisação, a PRF (Polícia Rodoviária Federal), informou à reportagem que o tráfego segue normalmente nas rodovias de Mato Grosso do Sul.