A UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital da Vida pode ‘parar’ a qualquer momento já que de março a setembro não recebeu os repasses mensais de R$ 1 milhão e, com isso, acumula deficiência na receita de R$ 7 milhões.
Os repasses deveriam ser feitos pela Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados), porém a Fundação repassou a verba no valor de R$ 1 milhão apenas no mês de outubro, se ‘esquecendo’ dos débitos anteriores.
O Ligado Na Notícia já vem adiantando a falta de estrutura e as péssimas condições de trabalho de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais funcionários.
Recentemente o jornal noticiou a falta de médicos plantonistas entre sábado (7), e domingo (8), nas áreas verde e vermelha, isto é, urgência e emergência, porém um dia após a veiculação da reportagem, a Funsaud emitiu nota confirmando problema na escala médica, que procurou profissionais, mas os mesmos se recusaram a trabalhar, mas que, no entanto, nenhum paciente foi prejudicado.
Já na terça-feira (10), novamente a reportagem foi procurada por profissionais indignados com o desconto de 20% na folha de pagamento referente à insalubridade. Naquele dia, no início da tarde, técnicos de enfermagem que recebem R$ 1.159 em folha, mas que com os descontos ‘cai’ para R$ 998 protestaram em frente à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e da Secretaria Municipal de Saúde).
Vale o destaque também para a defasagem salarial destes profissionais. Eles não têm reajuste há sete anos.
Claro que, além da folha de pagamento e da UTI que atende pacientes com outras doenças além de Covid-19, fornecedores de alimentos, manutenção, medicamentos e a lavanderia do hospital estão sendo afetados com o déficit.
E a crise pode se agravar mais ainda, já que o fornecimento de marmitas para pacientes e acompanhantes também pode ser interrompido, assim como o de medicamentos.
Não atendeu
O Ligado Na Notícia procurou a Funsaud na manhã desta sexta-feira (13), porém não obteve resposta.