Há cinco anos, as segundas, quartas e sextas-feiras Indianara Paulino Viana, de 34 anos, moradora em Dourados, tem compromisso inadiável com a hemodiálise.
Cumprindo a função dos rins, a paciente precisa se submeter à máquina que filtra o sangue, isso enquanto não surge um doador compatível. Na fila de espera Indianara está em 473, no entanto, apesar da incerteza, ela não perde a esperança de chegar sua vez.
“Sei que chegará a minha vez, não perco a esperança. Enquanto isso vou fazendo a hemodiálise, pois é o que me mantém viva”, disse ao Ligado Na Notícia.
À reportagem ela também disse que passou a fazer hemodiálise depois de uma anemia muito forte que paralisou os dois órgãos.
Segundo Indianara, a Central de Transplantes chegou a ligar, informando que havia um doador, porém, o órgão foi para outro paciente. A expectativa aflora a cada captação de órgãos, como na última sexta-feira (6), quando foram captados no HV (Hospital da Vida) rins, fígado e córneas.
“Já recebi uma ligação, mas não foi para mim, o rim foi para o outro paciente e desde então estou na espera. Mas graças a Deus ele conseguiu, o que recebeu era um senhor”, disse.
Indianara explicou que o procedimento realizado três vezes por semana é pelo permcath – um cateter de longa permanência, e também já passou pela fístula, que é um corte feito no braço.
“Já fiz a hemodiálise pelo cateter e pela fístula, foram três ao longo do tempo, e cinco permcath”, disse.
O Ligado Na Notícia entrou em contato com a SES (Secretaria Estadual de Saúde) e a Sems (Secretaria Municipal de Saúde) de Dourados, questionando quantos pacientes atualmente estão na fila do transplante em Mato Grosso do Sul na maior cidade do interior do Estado, porém, até o fechamento desta reportagem, não houve retorno.