‘O momento é confortável para as flexibilizações’, afirma infectologista Mariana Croda

De 14 a 21 de julho, Mato Grosso do Sul apresentou queda de 50% nas mortes e casos positivos de Covid-19, 38 cidades (Alcinópolis, Anaurilândia, Bandeirantes, Brasilândia, Caarapó, Caracol, Corguinho, Camapuã, Coronel Sapucaia, Deodápolis, Dois Irmãos do Buriti, Douradina, Fátima do Sul, Figueirão, Iguatemi e Itaporã, Japorã, Jateí e Jaraguari, Juti, Laguna Carapã, Nioaque, Novo Horizonte do Sul, Nova Alvorada do Sul, Paraíso das Águas, Porto Murtinho, Rio Brilhante, Rochedo, Rio Negro, Santa Rita do Pardo, Sete Quedas, Sidrolândia, Selvíria, Sonora, São Gabriel do Oeste, Tacuru, Taquarussu e Vicentina), se quer registraram óbitos, e a taxa de contágio, até então, em 1%, baixou para 0,84%.

O Ligado na Notícia conversou com a médica e infectologista Mariana Croda, que avalia o momento como ‘confortável’ para a flexibilização das medidas restritivas impostas pela pandemia do Novo Coronavírus. A maioria dos municípios do Estado ampliaram o toque de recolher para às 23h, e o próprio governo decidiu pelo retorno das aulas presenciais na Rede Estadual de Ensino a partir de 2 de agosto, respeitando o bandeiramento do Prosseguir.

“O momento é confortável para as flexibilizações, temos acompanhado quedas significativas no número de óbitos, novos casos, há leitos disponíveis em praticamente todo o Estado, a população está vacinada, seja com a primeira dose ou com as duas doses”, avaliou.

No entanto, Mariana ressaltou que as regras de biossegurança como uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social deve ser mantido, mesmo por quem já completou o ciclo vacinal, isto é, com as duas doses do imunizante.

“A Covid-19 já mostrou que é impossível fazer previsões sobre se é o momento para flexibilizar, se haverá novas ondas, mas há planejamento se o quadro voltar a ficar crítico. Por hora, o cenário permite essa flexibilização mais branda”, pontuou a infectologista.

Segundo o boletim da SES (Secretaria Estadual de Saúde) desta quinta-feira (21), revela que houve o registro de 832 novos casos de contaminação e 30 óbitos.

São 8 mil sul-mato-grossenses diagnosticados com o Coronavírus em isolamento domiciliar e outros 633 estão internados. Desses, 287 ocupam em leitos clínicos e 346 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Quanto aos índices de ocupação de leitos, na macrorregião de Campo Grande é de 81%, Dourados 54%, Três Lagoas com 57% dos leitos destinados ao tratamento da Covid, e Corumbá 59% de ocupação.

Somados desde o início da pandemia, Mato Grosso do Sul contabiliza 350.611 pessoas contaminadas e 8.779 mortes.