O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, e o diretor presidente do Imasul (Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul), André Borges, entregaram a Licença Ambiental de Instalação que permite à indústria da JBS/Seara de Dourados elevar a capacidade de abate diário de suínos de 5 mil para 10 mil cabeças.
O documento foi entregue na segunda-feira (20), durante reunião na Semagro com o gerente geral da unidade da JBS/Seara de Dourados, Dirceu Rech e o coordenador de Engenharia Sandro Arvellos.
“Essa é mais uma ação que implementamos dentro do Programa Leitão Vida, integrado à Política de Desenvolvimento da Suinocultura em Mato Grosso do Sul, que terá um impacto importante em toda a região. Os investimentos diretos da JBS/Seara serão da ordem de R$ 1 bilhão, com geração de até 2 mil empregos diretos. Além disso, para que os produtores possam se adequar e atender a demanda da indústria, haverá mais investimento de aproximadamente R$ 800 milhões, com ampliação de empregos e renda”, comentou Verruck.
Com mais esse investimento, Mato Grosso do Sul se consolida como referência na suinocultura, ostentando taxas de crescimento acima da média nacional. Dados divulgados no fim do ano passado pela Asumas (Associação Sul-Mato-Grossense de Suinocultores) apontam que o setor teve crescimento de 54,3% na produção de 2014 a 2020, enquanto que no mesmo período a evolução no Brasil foi de 29,2%. Nos primeiros oito meses de 2021, Mato Grosso do Sul produziu 1,76 milhão de cabeças de suínos para
abate, aumento de 7,22% em relação às 1,64 milhão de cabeças abatidas em igual período de 2020 (dados da Famasul).
A indústria de Dourados já é a maior unidade de produção de derivados de suínos no Estado mesmo antes da ampliação. A licença já permite o início imediato das obras. O Estado também é referência na conversão e agregação de valor às matérias primas, convertendo proteína vegetal em proteína animal e ampliando as exportações, pontuou o secretário.
“Temos certeza que, quando o Estado for considerado área livre da febre aftosa, teremos um outro grande salto em tecnologia. E toda essa expansão da suinocultura se dá intimamente ligada e em estrita observância ao processo de licenciamento ambiental. Temos uma suinocultura sustentável, que já produz energia elétrica através do biogás, e com produtividade que permite dar competitividade aos produtos industrializados aqui.”