Debate aconteceu com a presença da subsecretária de políticas públicas para mulheres, Luciana Azambuja Roca; Foto: Divulgação/Assecom
O encontro “Agosto Lilás – 15 anos da Lei Maria da Penha: Desafios do Atendimento em Rede” aconteceu nesta segunda-feira (16) no auditório da Prefeitura Municipal. O evento contou com a participação da subsecretária de políticas públicas para mulheres, Luciana Azambuja Roca; Mariana Rocha, gestora da coordenadoria especial de políticas públicas para mulheres de Dourados; Paula Ribeiro, delegada titular da delegacia de atendimento à mulher de Dourados; Renata Kuppi, delegada de polícia, que foi palestrante do encontro e Fabiana Baggio, assessora jurídica da prefeitura, que representou o prefeito Alan Guedes.
“Quando decidimos que iríamos circular ao menos um município, esse município não poderia ser outro senão Dourados, por razões óbvias: porque é a segunda maior cidade do Estado, porque tem uma população indígena e a gente precisa discutir quais são os direitos das mulheres e meninas indígenas, porque tem uma rede exemplar, consolidada, porque tem um Centro de Atendimento à Mulher, um dos mais antigos do Estado, que funciona e tem feito a diferença na vida de muitas mulheres”, destacou a subsecretária de políticas públicas para mulheres, Luciana Azambuja Roca.
O evento faz parte do Programa Mulheres em Movimento, que é mais uma ação da subsecretaria para interioriar as políticas públicas para mulheres.
“Desde o dia 2 de agosto estamos trabalhando em uma retomada das atividades presenciais, considerando a cor das bandeiras do município no grau Covid e respeitando todas as regras de biossegurança. Esse encontro em Dourados marca a retomada e o início do Programa Mulheres em Movimento, que foi lançado em março deste ano. Precisamos construir de forma coletiva, vir para ouvir e entender como nós podemos melhorar a qualidade de vida delas, é o que faz o Mulheres em Movimento. A gente discute o enfretamento da violência contra as mulheres, o empoderamento, o empreendedorismo, fazemos vistas técnicas, hoje de manhã, por exemplo, estivemos no DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher)”, enumerou Luciana.
Agosto Lilás
O encontro também faz parte da programação da Campanha Agosto Lilás, que reforça a importância do enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher. “Em tempos de pandemia, a gente teve sim um aumento da violência doméstica contra mulheres e crianças, ainda que a gente tenha no geral e no Estado, a diminuição do número de ocorrências. Não porque as violências diminuíram, sim porque as barreiras aumentaram e as mulheres tiveram ainda mais dificuldades para acessar essas portas de entrada. O mapa do feminicídio registrou um aumento de 33% das mortes violentas das mulheres no ano de 2020 em comparação a 2019. Nos preocupa saber que 40 mulheres morreram em 2020”, afirmou Luciana.
Os tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher podem ser: física (tapas, chutes); psicológica (humilhações, ofensas, perseguições); sexual (forçar relação mesmo sendo casada), moral (quando o agressor divulga falsamente um crime que a mulher não cometeu) e patrimonial (retenção, destruição parcial ou total de documentos).
Também estiveram presentes representantes do poder Judiciário, Defensoria Pública, Ministério Público, além da Polícia Militar, Civil e a Guarda Municipal, do Instituto Mulher e da BPW Brasil.