Campo Grande entrou na segunda semana de quarentena buscando evitar a contaminação contra o Covid-19, o novo coronavírus – que já tem 21 casos confirmados em MS. Comércios estão de portas fechadas, autônomos estão evitando trabalhar e as profissões menos lembradas também estão sendo atingidas pelo vírus.
Em uma das mais conhecidas casas de prostituição da Capital, a clientela caiu pela metade e situação financeira das garotas, que ganham até R$ 150 por hora, começa a ser uma preocupação. Ao Jornal Midiamax, uma das meninas disse que em dias normais, cerca de 10 clientes são atendidos na casa, mas após o surto da doença na cidade, somente um cliente chega a ser recepcionado no dia.
A higienização do local é providenciada, mas a falta do frasco de álcool em gel para reforçar limpeza e a necessidade de trabalhar, acaba não impedindo totalmente os serviços das garotas.
“Não temos muito o que fazer. [Na casa] não tem álcool em gel, porque o certo é cada uma levar o seu, mas não levam. É um momento muito difícil, o movimento caiu muito e de 10 clientes, estamos atendendo três, como no caso de ontem [segunda-feira] e hoje [terça-feira] foi só um”, disse à reportagem.
E não só os clientes sumiram por causa do coronavírus. Parte das garotas que disponibilizam os serviços sexuais no local também estão preferindo ficar em casa para evitar o contágio da doença. “Aqui somos em 10 meninas, mas no momento tem só 3. As outras não estão vindo por medo do coronavírus”, finaliza a mulher.
( Mariane Chianezi )