Depois da confirmação do primeiro caso, o coronavírus rapidamente começa a se espalhar pela Reserva Indígena de Dourados. Em menos de 24 horas foram confirmados mais sete casos da doença nas aldeias. Os dados fazem parte do último Boletim Epidemiológico do Dsei (Distrito Sanitário Especial de Sáude Indígena de Mato Grosso do Sul), de sexta-feira (15).
Com esses dois novos casos sobe para dez o número de contaminados na Reserva, que abriga quase 18 mil pessoas em situação de extrema vulnerabilidade. Segundo informações apuradas pelo Jornal Midiamax as pessoas atingidas pela doença são moradoras da Aldeia Bororó.
Dados do Comitê de Gerenciamento de Crise do Coronavírus revelam que esses novos casos confirmados fazem parte da rede de contato da paciente que trabalha em um frigorífico do grupo JBS e que a maior parte dos pacientes está em isolamento domiciliar.
“São pacientes que tiveram contato desse primeiro caso que vem e passa para outro. O que representa na realidade, situações normais de transmissão”, afirmou o coordenador de Vigilância Epidemiológica do Município, Emerson Eduardo Correa.
Segundo Emerson, dos últimos casos registrados na Reserva Indígena e que estão sendo monitorados pelo Comitê, dois estão em isolamento domiciliar. “A primeira paciente teve que ser internada mais por questões preventivas do que patológicas, porque na casa dela tem pessoas idosas”, disse o coordenador.
De acordo com o último boletim do Dsei, em todo o Estado, apenas a Reserva Indígena de Dourados registrou a doença. Outros dois casos suspeitos estão investigados nas aldeias de Amambai e Tacuru.
(Marcos Morandi)