Com o apoio do Proacin (Programa de Apoio às Comunidades Indígenas de Mato Grosso do Sul), do Governo do Estado, cinco famílias da Aldeia Anodi, em Brasilândia, semearam 12 hectares de milho e de olerícolas. Outras quatro famílias atendidas pelo programa aguardam a manutenção dos tratores para iniciarem o plantio.
A olericultura é a área da horticultura que abrange a exploração e produção de vegetais para consumo alimentar, como verduras, legumes, tubérculos, especiarias, dentre outras como a cultura de café e cana-de-açúcar.
O Proacin é o programa criado pelo Governo de Mato Grosso do Sul para apoiar a produção sustentável nas aldeias indígenas. De acordo com a coordenadora do escritório local da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) em Brasilândia, engenheira agrônoma Francielle de Carvalho Malinowski, a comunidade Ofaié foi contemplada com 50 toneladas de calcário, utilizado para tornar o solo mais produtivo, que ficará disponível até o plantio da próxima safra.
O programa reforçou a agricultura na comunidade, pois, além do fertilizante, os indígenas receberam 15 sacos de milho grão, nove sacos de milho verde, nove sacos de feijão, 50 gramas de semente de maxixe, 250 gramas de semente de melancia e 500 gramas de semente de abóbora moranga.
As famílias iniciaram a plantação de milho em 12 hectares e já prepararam mais quatro hectares para o plantio, sendo que todo o processo é feito sem utilização de adubos químicos e o mato é controlado com a capina manual e mecânica. “A produção é feita de forma agroecológica o que garante a qualidade dos alimentos, além de preservar o meio ambiente e não prejudicar a saúde das famílias que produzem”, ressaltou a agrônoma.
Em 2022, as aldeias de Mato Grosso do Sul receberam R$ 9,2 milhões de investimentos em sementes, calcário, óleo diesel e manutenção de equipamentos agrícolas por meio do Proacin. Neste período, a Agraer entregou aproximadamente 15 mil toneladas de calcário às comunidades indígenas, que correspondem a R$ 5.382.344,34.
“O Proacin é muito importante para o autoconsumo de alimentos das famílias e suas criações de pequenos animais, como galinhas e porcos. Além disso, o excedente pode ser vendido na cidade para clientes, restaurantes e supermercados, que já compram outros produtos dos indígenas, principalmente mandioca, quiabo e abóboras”, destacou a coordenadora.