A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite 2022 começa nesta segunda-feira (8) para crianças de 0 a 5 anos. Simultaneamente, também acontecerá a Multivacinação para Atualização da Caderneta de crianças e adolescentes até 15 anos. A iniciativa é conduzida pelo Ministério da Saúde e vai até o dia 9 de setembro em todas as Unidades Básicas de Saúde do município, que funcionam de segunda a sexta-feira. No dia 20 de agosto, sábado, acontece o Dia D de Mobilização Nacional.
A Prefeitura de Dourados, através do Núcleo de Imunização da Sems (Secretaria Municipal de Saúde) realizou durante a última semana, capacitação técnica para a operacionalização da Campanha Nacional com o objetivo de eliminar dúvidas e organizar a logística de trabalho nas unidades de saúde.
“A poliomielite é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que pode provocar paralisias irreversíveis e fatais. A vacinação é a principal forma de prevenção”, ressalta o gerente do Núcleo de Imunização, Edvan Marcelo Marques. O público-alvo, em Dourados, é formado por 9.563 crianças até cinco anos para Campanha da Poliomielite e 21.562 crianças e adolescentes entre cinco e 15 anos para Campanha Multivacinal.
Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), foram confirmados 15 casos de poliomielite, quatro no Afeganistão e 11 no Paquistão, além de registro de casos de poliovírus selvagem tipo 1 no Malawi e Moçambique. Para a entidade, todos os países permanecem em risco de pólio até que a doença seja completamente erradica no mundo. O Brasil não registra casos desde 1990 e, quatro anos depois, recebeu da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) certificação de área livre de circulação do vírus.
O objetivo é atingir, em Dourados, a meta estabelecida pelo Ministério de Saúde de vacinar, pelo menos, 95% das crianças até cinco anos e superar os números que estão em queda nos últimos anos. Entre 2016 e 2021, apenas em 2018 a meta foi atingida no Mato Grosso do Sul, com 96% das crianças vacinadas. Em 2020 foi de 82% e, no ano passado, apenas 74%, a pior marca da série histórica. “A pandemia da covid-19 dificultou ainda mais as campanhas, por isso essa queda mais acentuada. Agora precisamos melhorar esses números e aumentar a proteção de nossas crianças”, completa Edvan.