O Programa “Mais Social” do Governo do Estado, que garante auxílio alimentar de R$ 200, poderá contemplar quase 20 mil famílias em Dourados. O número leva em consideração o total de inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) com renda de até meio salário mínimo por pessoa (19.258), no município.
Apesar da lista, os técnicos da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), ainda farão a análise de todos os cadastrados. De acordo com a secretária Elisa Cleia Pinheiro Rodrigues Nobre, só após a avaliação será possível identificar qual família tem o perfil dentro das normas do programa.
Entre os beneficiários do CadÚnico, a notícia do auxílio gerou boas expectativas. É o caso da idosa Iraci Araújo, de 72 anos, moradora no bairro João Paulo II. A dona de casa teve que suspender os trabalhos de faxina por causa de problemas de saúde. O marido, que ajudava nas despesas de casa, morreu há 16 anos e o filho, que mora com ela, tem problemas na coluna o que o impede de desenvolver algumas atividades.
Iraci e o filho vivem com renda de R$ 180 do Vale Renda, programa que será integrado ao Mais Social, além de diárias de limpeza que ele consegue fazer esporadicamente. Se aprovada no novo auxílio, Iraci passará a receber R$ 200 por mês.
“Essa pandemia dificultou muito a nossa vida porque muita gente suspendeu as diárias, que nos davam uma renda para sobrevivermos. Nós pagamos aluguel, conta de água, luz, gás e quase não sobra para remédios e alimentos. Para mim essa ajuda será de extrema necessidade”, ressalta.
R$ 3.8 milhões no comércio
O secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica (Segov), Sérgio Murilo, destaca a importância do Programa para a economia local. Conforme ele, os 19.258 cadastros do CadÚnico, que podem ser contemplados com Mais Social poderiam injetar R$ 3.8 milhões no comércio por mês, se todos fossem aprovados.
Isso porque os beneficiados passarão, após aprovação de cadastro, a ter um cartão para compras de alimentos e materiais de higiene pessoal no comércio.
O secretário de Estado de Infraestrutura (Seinfra), Eduardo Riedel disse que mais do que fomentar a economia, nesse momento de crise mundial, o auxílio socorre as famílias de MS em situação precária.
“Esse benefício vem em um momento muito importante para garantir dignidade às pessoas que estão sem renda e também ajudar a fomentar o comércio. Não existe só uma crise sanitária. Há também uma crise econômica fazendo estragos. Neste sentido, estamos trabalhando não só para proteger vidas, mas para diminuir o impacto social desta doença na vida das pessoas”.
Critérios
Para participar do Mais Social é preciso obedecer algumas regras como: estar inscrito no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais) e ter renda mínima per capita da família de meio salário mínimo.
Além disso, as crianças deverão estar matriculadas e frequentando a escola. Também está especificado que a família não pode receber o benefício se tiver outro da mesma fonte. Ao todo, o governo prevê beneficiar 100 mil famílias em todo o Estado.