As belezas naturais do país encontradas em regiões de Mata Atlântica, Pampa, Pantanal, Caatinga, Amazônia e Cerrado são apresentadas na série documental Nossos Biomas, atração inédita que a TV Brasil exibe a partir deste domingo (30), às 18h (MS). A obra tem seis edições sobre a fauna e a flora do país.
Com imagens aéreas de tirar o fôlego que revelam paisagens paradisíacas, o programa sobrevoa, adentra e mergulha na biodiversidade brasileira. A série é uma produção original da própria da emissora pública em parceria com o Ministério do Meio Ambiente. O episódio de estreia destaca a Mata Atlântica.
As edições do seriado são dedicadas a biomas típicos do país. Cada documentário salienta um conjunto de ecossistemas que apresentam características em comum. Os biomas combinam espécies da vida vegetal e animal que vivem ao ar livre em condições semelhantes.
Os seres vivos dos diferentes biomas brasileiros podem ser identificados pela proximidade regional de seus habitats. Essa familiaridade considera aspectos geológicos e climáticos que influenciam os processos de formação da determinada paisagem.
A obra leva o telespectador em jornadas incríveis para se contemplar espécies que só aparecem em um certo ecossistema. A proposta é acompanhar a revoada de aves silvestres, admirar a vegetação endêmica e ouvir o som da água corrente de cachoeiras. No ar, na terra e no mar, a câmera da TV Brasil acompanha o movimento dos animais na vida selvagem.
Além da abundância de recursos minerais e espécies da fana e da flora presentes no território nacional, os biomas do Brasil ainda representam ambientes de importância riqueza natural para o planeta. Mesmo com a fartura de diversidade, as comunidades biológicas do país compartilham uma coincidência de fatores em prol da sua regularidade em cada região específica da sua biota.
Riqueza da Mata Atlântica
No primeiro programa, a série Nossos Biomas mostra o visual impressionante da Mata Atlântica. A produção realizada pela equipe da TV Brasil indica aspectos relevantes da faixa litorânea que conta com vastos recursos hídricos responsáveis por abastecer elevando percentual da população do país.
A floresta situada nessa região do território acompanhou o surgimento dos povos originários, acolheu os viajantes e serviu de berço à nação. Ainda hoje, esse espaço é de extrema importância para a maioria dos brasileiros - e não só por questões econômicas.
O seriado destaca toda a imponência da floresta mais antiga da América do Sul. Área verde ancestral, a Mata Atlântica foi formada há milhões de anos, após a extinção dos dinossauros, a partir de uma combinação singular de fatores, que rendeu características não encontradas em nenhum outro lugar do mundo. Século após século, a natureza estendeu raízes por amplas áreas cobertas de verde.
Com um ambiente natural tão antigo e variado, a região litorânea reúne segredos da origem da floresta Amazônica. A produção do canal público revela o que a Mata Atlântica e a Amazônia têm em comum, a se considerar bem mais do que apenas a coincidência de espécies.
Equilíbrio e conservação ambiental
Floresta diversa, com fauna variada e particular, a Mata Atlântica preserva mais de duas mil espécies animais, muitas das quais só existem aqui. São centenas de aves, anfíbios, répteis, mamíferos e peixes, além de milhares de insetos que auxiliam na polinização das plantas.
O leito de verde intenso e águas abundantes irriga o solo a hidrata seres que vivem graças a esses mananciais. De solos relativamente pobres, surgiu uma vasta e impressionante flora, integrada de tal modo ao ambiente que cria seu próprio adubo para fertilizar a terra. Trata-se da serapilheira, uma camada de folhas e frutos caídos que sofre a ação de bactérias e fungos, sendo decomposta.
Essa manta permite o nascimento de uma floresta diversa e que assume diferentes fisionomias: mais alta e densa próximo ao litoral, mais espaçada e baixa à medida que avança para o interior, rasteira e arbustiva nos altos das montanhas.
O equilíbrio entre espécies animais e vegetais e o solo funcionam como um regulador do clima, além de manter e proteger os mananciais de água. É o trabalho paciente e incessante que a mata realiza, e do qual todos são beneficiados. Cada espécie integra a lógica da natureza, enquanto retiram da terra o que precisam para viver, também cumprem sua parte para garantir que ela sobreviva.
Se no passado, alterar o ambiente ao redor era o objetivo da humanidade, hoje, a intenção é outra: aliar o desenvolvimento econômico e a preservação da natureza. Para isso, diversas experiências têm sendo desenvolvidas desde a época imperial.
Naqueles tempos, uma larga porção de terra em plena cidade do Rio de Janeiro foi desapropriada pela Coroa para dar origem ao primeiro projeto de reflorestamento da Mata Atlântica: a Floresta da Tijuca. De lá pra cá, um sem número de iniciativas buscam tornar eterna a mata ancestral.