O Banco do Brasil anunciou a disponibilização de R$ 16 bilhões em crédito a produtores rurais, para a compra antecipada de insumos, por meio do custeio antecipado da safra 2021/2022. De acordo com o banco, o crédito tem como foco o financiamento das lavouras de soja, milho, algodão, café, arroz e cana-de-açúcar.
“A linha permitirá aos clientes avaliar o melhor momento para a aquisição dos insumos, levando em consideração as condições de preço e mercado”, informa o Banco do Brasil.
No âmbito do Pronamp, que é destinada ao médio produtor, a taxa cobrada será de 5% ao ano, com prazo de até 14 meses e teto de R$ 1,5 milhão. Já para o custeio agropecuário, a taxa cobrada é de 6% ao ano, também pelo prazo de até 14 meses. Nesse caso, o teto é de R$ 3 milhões. “Trata-se de um conjunto de linhas de crédito que colocamos à disposição, para que o produtor rural tenha mais liberdade para atuar em sua atividade produtiva”, disse o vice-presidente de Agronegócios e Governo do BB, João Rabelo, ao anunciar os números.
Segundo o banco, a compra antecipada de insumos permite aos produtores “melhores condições negociais, maior segurança quanto ao recebimento dos insumos no período adequado e possibilidade de melhores retornos econômicos à atividade”.
No ano passado, o banco verificou elevações nos custos de produção de até 19% entre os meses de disponibilização do crédito antecipado (fevereiro) e de concentração do plantio (outubro). “Dessa forma, quem teve a oportunidade de adquirir antecipadamente seus insumos aproveitou o melhor momento de compra”, justifica o banco que disponibilizou, nas últimas três safras, R$ 27 bilhões no custeio antecipado.
Previsibilidade ao produtor
De acordo com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, o crédito traz previsibilidade ao produtor. "O anúncio do pré-custeio vai deixar os produtores rurais mais animados para começarem seu planejamento”, afirmou, durante a abertura do evento online de anúncio da linha de financiamento.
Segundo Tereza Cristina, os indicadores do setor, que tem apresentado recordes seguidos, mostram o “elevado nível de confiança que o rural tem na atividade”.
“Com isso traz também uma demanda crescente por crédito rural. As contratações nessa safra, até janeiro, foram de R$ 135,4 bilhões, e de R$ 72,7 bilhões para custeio. Essa análise de crédito era um pedido de toda classe produtora”, acrescentou.