Principal motivo da queda na arroba do boi gordo continua sendo a desvalorização do dólar em relação ao real
O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais baixos na quinta-feira (31). Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o mercado segue com perspectiva de queda no curto prazo.
“Os frigoríficos ainda operam com escalas de abate mais bem posicionadas, que hoje atendem entre seis e sete dias úteis, em média. Além disso, a paridade cambial ainda é fator relevante para a formação de tendência de curto prazo”, assinalou Iglesias.
O processo de valorização do real ante o dólar alterou completamente a dinâmica do mercado, fazendo com que os frigoríficos exportadores alterassem seu comportamento, exercendo pressão sobre os preços dos animais que cumprem os requisitos de exportação com destino ao mercado chinês.
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 338 a arroba. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 301.
Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 310. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 320 por arroba. Em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 312 para a arroba do boi gordo.
Atacado
No mercado atacadista, o dia foi de preços estáveis. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda aponta para maior propensão a reajustes durante a primeira quinzena do mês, considerando que além a entrada da massa salarial na economia também teremos em abril o feriado de Páscoa, que costuma promover o consumo de carnes.
“No entanto, esse movimento será limitado pela incapacidade do consumidor médio em absorver grandes reajustes da carne bovina no atacado”, ponderou Iglesias. O quarto dianteiro do boi foi precificado a R$ 16,40 por quilo. O quarto traseiro foi cotado a R$ 23,50 por quilo. A ponta de agulha seguiu com preço de R$ 15,50 por quilo.