Na quinta-feira (29), as principais praças que comercializam suínos no mercado independente registraram movimentações distintas nas cotações, com destaque para Minas Gerais que obteve alta de R$ 0,20 centavos, com liderança estadual apontando liquidez nas vendas na semana anterior.
No mercado mineiro, o preço subiu de R$ 6,40/kg para R$ 6,80/kg, com acordo entre os frigoríficos e suinocultores, conforme dados da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).
"O mercado da semana passada apresentou grande liquidez. Minas vendeu muito bem, inclusive destravando alguma retenção presente em granjas. Isso permitiu o reajuste em acordo com os frigoríficos, o que esperamos estimular a recomposição de preços nível Brasil", apontou o consultor de mercado da entidade, Alvimar Jalles.
O preço em São Paulo ficou estável R$ 7,46/kg vivo, valor praticado pela sexta semana consecutiva, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).
Em Santa Catarina, segundo dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o preço do animal ficou estável em R$ 6,58/kg vivo.
Para Losivanio de Lorenzi, presidente da ACCS, o mercado segue "andando ao redor e não acontece nada de novo para mudar o cenário da suinocultura independente. Lamentavelmente manteve o mesmo preço, e isso não paga a conta, com um custo médio de produção por quilo de animal de R$ 7,44/kg. É uma tragédia para os produtores independentes que praticamente não estão conseguindo se manter na atividade".
No estado do Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 22/09/2022 a 28/09/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 2,15%, fechando a semana em R$ 6,23/kg vivo.
"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 6,29/kg vivo", informa o reporte.