O cultivo do maracujá é uma atividade que demanda mão de obra do produtor, mas que proporciona um rápido retorno. A cultura demanda atenção, principalmente, quanto as doenças, uma vez que algumas possuem sintomas semelhantes, como é o caso da fusariose e da podridão-do-colo.
Técnico credenciado ao Senar Mato Grosso em Tangará da Serra, Leandro Fachi, comenta que a dificuldade do produtor às vezes em identificar o tipo da doença presente no maracujá acaba por atrapalhar o desenvolvimento da cultura.
“O maracujá possui várias doenças radiculares que podem comprometer a atividade e a longevidade da cultura. Dentre as principais doenças estão a fusariose e a podridão-do-colo”.
A fusariose tem entre os seus sintomas a murcha rápida da planta e as folhas passam a ter coloração verde-pálido, além disso causa reboleiras e o caule apresenta rachaduras no colo.
“A podridão-do-colo é causada pelo fungo Phytophthora Spp. e os sintomas se assemelham ao da fusariose, como é o caso da murcha das plantas, porém é leve. É uma doença que vai e volta. Se o produtor conseguir fazer o controle dela, a mesma cicatriza, a raiz não morre e no local que cicatrizou saem novas raízes”, diz Fachi.
Cuidados com o solo são essenciais no maracujá
Entre os trabalhos de controle para evitar as doenças, de acordo com Fachi, estão os cuidados com o solo, em especial quanto a drenagem dos mesmos.
“Na fusariose é importante evitar solos argilosos e mal drenados, produzir ou adquirir plantas sadias, evitar entrada e permanência de fungos no solo, plantar mudas enxertadas, entre outros”, comenta.
No caso da podridão-do-colo entre os cuidados estão evitar solos úmidos e compactos, evitar ferir a planta ao capinar, controlar o excesso de irrigação e gotejadores próximos ao caule, por exemplo.
ATeGs do Senar Mato Grosso levam informações ao produtor
Em Tangará da Serra cerca de 66 produtores de fruticultura são atendidos pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar Mato Grosso. Além do maracujá, as culturas mais cultivadas são banana, abacaxi e citrus.
Conforme Fachi, a ATeG ainda atende no município atividades de gado de corte, pecuária leiteira entre outros.