Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.
– O mercado financeiro na semana foi pautado por grande volatilidade em meio ao risco de recessão nos Estados Unidos. As commodities foram impactadas de maneira significativa, em especial o petróleo
– A partir da última quinta-feira, o quadro foi mais ameno, com o mercado menos temeroso em relação à possibilidade de recessão. Com isso teve início um movimento de forte correção, a começar pela renda variável, passando pelas commodities agrícolas e não agrícolas
– Na próxima semana, o mercado acompanhará atentamente o relatório de oferta e demanda que será divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na próxima terça-feira (12)
– Para a produção deste ano, o mercado espera que o USDA aponte 14,52 bilhões de bushels. Em junho, o órgão tinha indicado 14,46 bilhões de bushels. Para os estoques finais 2021/22 dos EUA, a expectativa do mercado é de que a indicação seja de 1,491 bilhão de bushels. No mês passado, o USDA divulgou 1,485 bilhão de bushels. Para os estoques finais 2022/23 dos EUA, a expectativa do mercado é de sejam apontados 1,433 bilhão de bushels. No mês passado, o total foi de 1,400 bilhão de bushels
– Por fim, o mercado também acompanhará a situação climática no Meio-Oeste norte-americano, com redução do volume de chuvas de acordo com o modelo do NOAA, com potencial elevação das temperaturas a partir da segunda quinzena do mês
– No mercado doméstico, a semana foi pautada por lento fluxo dos negócios, principalmente nos dias de forte queda da Bolsa de Chicago (CBOT), em que os preços nos portos retrocederam
– Com o movimento de correção na CBOT os preços nos portos também reagiram, com indicação de comprador entre os meses de agosto e setembro a R$ 87/R$ 88 para o porto de Santos
– Os consumidores domésticos ainda se ocupam em receber o milho que foi negociado previamente, sem urgência para trabalhar neste momento
– A percepção é de que haverá bom volume de oferta de acordo com o avanço do trabalho de campo no Centro-Sul do país.