Produtividade e resistência ao enfezamento, pragas e doenças. Estes são alguns dos pontos almejados pelos produtores de milho e que estão sendo trabalhados pelas indústrias de tecnologia. Conforme o setor industrial, o cereal possui muito potencial genético ainda a ser explorado.
O milho é considerado hoje a grande “vedete” do momento, tanto para a produção de proteína animal quanto de biocombustível (etanol de milho), bem como biomassa, bioenergia e, principalmente, para exportação.
O desenvolvimento de novos híbridos, novas tecnologias que possibilitem maior ganho de produtividade por hectare e resistentes ao enfezamento, doenças e pragas, como a cigarrinha do milho, foram alguns pontos discutidos durante o painel “Produção e desenvolvimento da cultura do milho em Mato Grosso” no lançamento da sétima temporada do projeto Mais Milho, na quarta-feira (15), em Campo Grande.
Diretor de Milho da Bayer, Rodrigo Nuernberg, destacou que a multinacional acredita muito na cultura e que o Brasil cada vez mais será protagonista, especialmente no que tange ao comércio global.
“É a sétima temporada do Mais Milho e se a gente refletir qual era o cenário há sete anos da cultura do milho e qual é o cenário de hoje existe uma diferença enorme. O milho hoje traz muito mais rentabilidade para o agricultor, passa sem dúvida a ser um componente importante do ponto de vista econômico para as propriedades agrícolas e para a indústria também”, disse o diretor da Bayer.
De acordo com Nuernberg, a Bayer investe a cada dia em inovações que permitem auxiliar o produtor rural.
“Como que a gente transforma os mais de dois bilhões de euros que a Bayer investe globalmente em inovação em algo concreto para chegar no agricultor, novos híbridos que sejam adaptados à realidade do Brasil? O Brasil é um país continental. Existe verão, safrinha, existem diversos ambientes de produção e nós como empresa temos o compromisso de que os nossos cientistas encontrem híbridos que atendam as diversas necessidades dos agricultores para que a gente contribua com o avanço da produtividade”.
Na segunda safra 2021/22 de milho, comentou o diretor da Bayer, em uma propriedade na região de Sorriso foi registrada produtividade de 220 sacas por hectare de cereal. “Hoje em Mato Grosso temos produtividades que chegam a 170, 180 sacas por hectare”, pontuou.
Ainda conforme o diretor de Milho da Bayer, apesar dos avanços tecnológicos, ainda há “uma série de coisas que acontecem ao longo da cultura, como pragas, doenças, clima, entre outros, que a gente precisa debater para que consiga proteger essa produtividade, o produtor tenha rentabilidade e a gente consiga avançar na nossa produção para se tornar cada vez mais relevante e ser o país número um em exportação de milho”.
Busca de novos híbridos é crescente
As janelas cada vez mais curtas de milho, em decorrência ao ciclo mais longo da soja diante de problemas climáticos, tem levado o produtor rural a optar por novas tecnologias a cada safra.
“Como é um ano de encurtamento de safra, o agricultor ele tende a buscar materiais com uma tolerância maior ao enfezamento, à seca. É importante a gente entender a região, o tipo de solo. Aqui no Mato Grosso do Sul falamos de uma região de transição. Então, a escolha do híbrido também vai variar de acordo com a região”, salientou a gerente de marketing da Brevant Sementes, Daniela Barros.