Colheitadeiras que já estão nos campos, irão colher uma área plantada que chega a 26.148 hectares; Foto: Divulgação
A colheita da safra 2021//22 do algodão começou nas regiões norte e nordeste de Mato Grosso do Sul. As regiões se juntam ao sul do estado que já colhe desde o final de abril. Ao todo, as colheitadeiras que já estão nos campos, irão colher uma área plantada que chega a 26.148 hectares. A informação é da equipe técnica da Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul).
De acordo com as informações da Associação, a expectativa é de uma produtividade de 300 arrobas de algodão em caroço por hectare, enquanto a estimativa de produção da pluma chega acima de 48 mil toneladas. Em relação às negociações, cerca de 40% da produção já está comercializada.
A Ampasul informou também que a produtividade da região sul, será menor quando comparada com a safra anterior, devido a forte estiagem que atingiu a região, provocando a paralisação do crescimento das plantas, consequentemente baixando o número de posições esperado.
“Chegamos a mais uma colheita de safra, que deve ganhar ritmo nas próximas semanas. Algumas regiões como Aral Moreira, sofreram com a falta de chuva, principalmente na fase de crescimento da planta. Nossa equipe de campo seguirá acompanhando o progresso da colheita, fazendo as análises e avaliações e claro dando todo o suporte necessário para os produtores rurais”, detalha o diretor executivo da Ampasul, Adão Hoffmann.
Custos de produção
Na oportunidade a Associação alertou os produtores, sobre o possível aumento no custo de produção do algodão para a safra 2022/2023. Aumento que o produtor já sentiu no bolso, durante a atual safra, devido todo o contexto global, que elevou os preços das matérias primas essenciais para a produção do algodão brasileiro.
“O aumento foi significativo e refletiu diretamente no bolso dos produtores. Só nos fertilizantes, que representa 17% do custo operacional, tivemos uma alta superior a 100%, como mostra o levantamento da Abrapa. Infelizmente a tendência é de custos ainda mais altos, para a próxima safra, ampliando o risco da atividade. A orientação é o produtor já garantir a compra dos seus insumos”, finalizou Hoffmann.