O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) variou 0,05% em março. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,02%. Com esse resultado, o indicador acumula alta de 0,12% no ano e de 1,12% em 12 meses. Em março de 2022, o índice subira 1,18% no mês e acumulava elevação de 14,63% em 12 meses. Os números foram divulgados na manhã desta quinta-feira (16) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
No índice ao produtor, a principal contribuição para a taxa negativa partiu dos produtos industriais (de 0,10% para -0,32%), sob influência de produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (de -1,07% para -2,33%), produtos alimentícios (de -0,89% para -1,24%) e produtos Químicos (-1,58% para -1,69%), grupos que registraram recuos mais fortes em suas taxas de variação. “Tais movimentos permitiram que a taxa acumulada em 12 meses do IPA alcançasse o menor patamar desde março de 2018, quando caíra 1,56%”, afirma André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,07% em março. No mês anterior, havia registrado taxa de -0,14%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos bens finais variaram de 0,20% em fevereiro para 0,31% em março. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -0,04% para 5,68%. O índice relativo a bens finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,35% em março. No mês anterior, a taxa foi de 0,04%.
A taxa do grupo bens intermediários passou de -0,65% em fevereiro para -1,25% em março. A principal contribuição para intensificar a queda do grupo partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -1,23% para -4,83%. O índice de bens intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,53% em março, repetindo a taxa do mês anterior.
Na apresentação do IGP-10 deste mês, a FGV destaca que o índice do grupo matérias-primas brutas passou de 0,10% em fevereiro para 0,88% em março. As principais contribuições para este movimento partiram de três itens:
Suínos (-4,86% para 9,43%);
Café em grão (2,70% para 8,36%); e
Soja em grão (-3,34% para -2,45%).
Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: leite in natura (4,08% para 1,46%), milho em grão (0,53% para -0,94%) e arroz em casca (4,23% para -0,96%).
Preços ao consumidor
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,47% em março. Em fevereiro, o indicador variara 0,55%. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: educação, leitura & recreação (1,51% para -1,04%); despesas diversas (1,77% para 0,18%); alimentação (0,23% para 0,00%); e comunicação (0,99% para 0,52%).
As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: cursos formais (4,77% para 0,00%), serviços bancários (2,76% para 0,00%), frutas (2,96% para 0,55%) e combo de telefonia, internet & TV por assinatura (2,57% para 0,19%).
Em contrapartida, os grupos transportes (0,52% para 1,24%), habitação (0,32% para 0,81%), saúde & cuidados pessoais (0,45% para 0,87%) e vestuário (-0,30% para 0,25%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: gasolina (-0,15% para 2,89%), aluguel residencial (-0,55% para 3,43%), artigos de higiene & cuidado pessoal (-0,13% para 1,66%) e roupas (-0,47% para 0,21%).