Durante a 90ª Assembleia Mundial de Delegados da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), realizada em Paris, na França, a delegação brasileira do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) se posicionou, a princípio, contra a adoção de vacinação das aves como medida preventiva de controle da gripe aviária.
Líder mundial na exportação de carne de aves e importante exportador de material genético avícola, o Brasil teme receber sanções comerciais com a eventual adoção da medida.
“Até o momento, o Brasil não conseguiu revisar os requisitos dos países relacionados à certificação de país livre ou a sua aceitação mediante vacinação. O país tem adotado a postura de ser contra a vacinação ainda, pois ao iniciar a imunização podemos não ter mais o status reconhecido e ter o mercado fechado pela adoção dessa medida”, disse o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart.
Biossegurança contra a gripe aviária
Segundo ele, ainda é considerada como a melhor forma de controle a aplicação de medidas de biossegurança nas granjas comerciais, aliada à rápida detecção, contenção e erradicação dos focos de vírus da gripe asiática.
Durante a reunião da OMSA, o diretor do Departamento de Saúde Animal do ministério, Eduardo de Azevedo, abordou as normas internacionais para facilitar o comércio internacional seguro.
Ele destacou as dificuldades atuais para o reconhecimento de zonas e compartimentos pelos parceiros comerciais. Também demonstrou preocupação com as barreiras sanitárias injustificadas impostas em negociações bilaterais, independentemente das diretrizes da OMSA, as quais poderiam ser agravadas com a implementação da estratégia da vacinação contra influenza aviária.