Há cinco itens necessários para acompanhamento frequente por parte do produtor rural: o espaçamento, a singulação, população, emergência e nutrição
A falta de manutenção e estratégias quanto às plantadeiras, pode afetar de forma significativa o resultado das safras de soja, e o milho pode ser ainda mais afetado. A constatação é do grupo de agrônomos da PlantiMais e da Precision Planting, que confirmaram, de forma científica, o risco que o mau processo de plantio pode acarretar, durante palestra do 6º Circuito Aprosoja/MS, que ocorreu na sexta-feira (20), na Expoagro.
Segundo os agrônomos há cinco itens necessários para acompanhamento frequente por parte do produtor rural: o espaçamento, a singulação, população, emergência e nutrição. “No caso do espaçamento o agricultor deve cuidar do tudo condutor, da velocidade do plantio, além do chacoalho da linha. Todos esses fatores podem diminuir de forma significativa da produtividade”, explica o agrônomo da PlantiMais Eduardo Rotermel Grando.
Sobre a singulação o agrônomo Giancarlo Rocco, sinaliza que 1% de falha, entre uma semente e outra, pode acarretar uma redução de potencial produtivo em 0,6%. “Não podemos considerar apenas a capacidade de compensação. E verificamos ainda que a qualidade de espaçamento diminui conforme se aumenta a velocidade da plantadeira”, esclarece Rocco ao apontar que no milho é ainda pior, uma vez que 1% de falha ou de duplas plantas no mesmo espaço, podem acarretar falhas de 0,6% ou 0,7%, respectivamente.
A população e a emergência, são colocados como itens que afetam ainda mais a produção de grãos, se comparados com os itens: espaçamento e singulação. Para se evitar danos à lavoura, a dica do agrônomo Leonardo Gustavo Fin Zemolin, é cuidar da transmissão. E de acordo com ele a plantadeira precisa ser capaz de distribuir as sementes de forma contínua, para que possam emergir ao mesmo tempo. “Uma planta que emergir três dias depois do esperado, pode perder 30% do seu potencial produtivo, alerta”.
Quanto a nutrição, a qualidade do fertilizante foi um fator unânime entre os agrônomos participantes do Circuito Aprosoja/MS. E ainda alertaram para um experimento que diagnosticou que uma catraca travada, pode deixar de aplicar 4,32 quilos por linha, por hora.
“Esse é um assunto bastante técnico e necessário para o setor. O agricultor precisa dominar e sempre reavaliar sua produtividade, diagnosticando se a sua melhoria nos números passa realmente pelo maquinário ou pela qualidade dos insumos, principalmente das suas sementes, que precisa ter predicados e origem de credibilidade”, finaliza o presidente da Aprosoja/MS.
Também na sexta, aconteceu o Encontro Técnico Ateg Grãos do Senar/MS, com apresentação de dados sobre o Programa Agro Plus, que oferece assistência técnica gratuitas aos agricultores em diversas ocasiões.
O próximo Circuito Aprosoja/MS acontecerá nos municípios de Maracaju, no dia 6 de junho, às 18h30, com o tema: “Ecofisiologia da soja visando altas produtividades”. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site www.aprosojams.org.br.