Mesmo com os preços da soja e do milho em baixa em comparação com o mesmo período de 2023, o ritmo de exportação dos grãos tem sido semelhante – ou até acima – do registrado em anos anteriores. Contudo, a tendência é de queda nos embarques em 2024.
Até o fim de fevereiro, foram enviadas ao exterior 7,9 milhões de toneladas de soja e 6,5 milhões de toneladas de milho, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Em relação ao ano passado, houve significativo aumento nas remessas da oleaginosa (+34%) e queda no cereal (-22,6%).
De acordo com o diretor do Canal Rural Sul, Giovani Ferreira, entre o final de fevereiro e começo de março, a soja chegou a operar na Bolsa de Chicago em US$ 11,15 por bushel, enquanto agora está cerca de 10 cents abaixo.
“Há um temor do mercado que essas cotações caiam ainda mais, por isso os produtores estão desocupando os armazéns, o que levou ao carregamento expressivo no primeiro bimestre deste ano”.
A mesma queda experimentada pela soja nos contratos futuros também aconteceu com o milho. No entanto, os embarques do cereal também caíram em volume. Ferreira explica que isso se deve à menor produção da safra e da safrinha.
“Temos uma demanda muito grande para a produção de carnes e de etanol de milho, o que deve levar o país a racionar as exportações”, conclui o diretor.