Em Mato Grosso do Sul, a área destinada ao cultivo de milho segunda safra 2022/2023deve registrar um crescimento de 5,4% em relação ao ciclo anterior, totalizando 2,325 milhões de hectares, de acordo com o boletim do Projeto Siga (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), mantido pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), em parceria com a Aprosoja/MS e o Sistema Famasul.
Conforme o boletim, a expectativa é de uma produtividade média de 80,33 sacas por hectare. Esses números apontam para uma estimativa de produção de aproximadamente 11,206 milhões de toneladas de milho. No entanto, a porcentagem de área colhida na segunda safra 2022/2023 está cerca de 3,50 pontos percentuais abaixo do mesmo período da safra anterior, considerando os dados até 30 de junho. A área ainda está em levantamento, o que indica que podem ocorrer variações para mais ou menos em relação à área prevista. Atualmente, cerca de 30,11% da safra de milho 2022/2023 já está comercializada.
“A produtividade da safrinha está excelente, com números acima da média dos anos anteriores, pois teve mais chuva do que de costume. Os produtores vão ter uma boa colheita, porém o preço do grão não está ajudando. Outro gargalo é a armazenagem, pois com o preço pouco atrativo, tanto para soja, como para o milho, os produtores preferem estocar e aguardar uma melhor cotação, porém segundo analistas de mercado, o preço não deve subir”, destaca o Gerente da Cooperoeste, Antenor Woehl.
Hoje a capacidade da Cooperoeste é de 3.822.000 scs, sendo dividido em dois armazéns. O Armazém 1 possui três silos de 214 mil scs, um graneleiro de 800 mil scs e estamos finalizando a construção de mais um graneleiro de 650 mil scs. Já o Armazém 2 possui seis silos de 150 mil scs e foram feitos mais dois no ano 2022 de 265 mil scs cada e comprado a Conab em 2021 que tem capacidade de 300 mil scs.
“Até o momento, em São Gabriel, a colheita está bem avançada, com mais de 70% colhido e com boas produtividades, com médias acima de 150 sc por hectare. Os agricultores têm feito a sua parte, investindo em tecnologia, planta dentro da janela recomendada, mas infelizmente a receita por hectare será bem menor que os anos anteriores, pois os preços estão abaixo das expectativas, reflexo dos altos estoques no Brasil e exterior, além da boa safra de milho americana”, explica o Gerente Comercial de Defensivos e Sementes, Carlos Magno Rezende Marques.