Uma safra recorde de soja se aproxima em Mato Grosso do Sul. Se depender do clima favorável e da expansão de área, o Estado poderá colher neste ano mais de 13 milhões de toneladas da oleaginosa, segundo estimativas da assistência técnica. Isso representaria um novo recorde em produção estadual e uma safra quase 50% superior em relação ao ano passado.
Em área plantada, o acréscimo foi de 2,5% totalizando 3,842 milhões de hectares, segundo dados catalogados pelo Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga MS), projeto implantado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência Tecnologia e Inovação (Semadesc).
A sinalização de uma supersafra foi destacada nesta segunda-feira (9) pelo secretário da Semadesc, Jaime Verruck, em entrevista ao programa Rádio Livre da FM 104,7 da Rede Educativa MS. “Temos uma parceria grande com Aprosoja por meio do Siga MS e notamos que toda semana vemos uma evolução na safra. Até o momento registramos um ciclo favorável para produzir soja, com uma área recorde de plantio o que nos permite a possibilidade de obter uma safra recorde”, salientou Verruck.
De acordo com os últimos dados da Aprosoja-MS e do sistema SIGA-MS, a produção de soja em Mato Grosso do Sul deve alcançar 12,7 milhões de toneladas, aumento de produção de 41,7%, em relação a safra passada, que registrou quebra devido ao comportamento climático. Já a Conab é ainda mais otimista e prevê safra de 13,3 milhões neste ano agrícola.
Assim como a produção, a produtividade e a área destinada ao cultivo de soja devem avançar. A produtividade poderá atingir 53,44 sacas por hectare, um aumento de 38,27% em relação ao ciclo anterior, que sofreu a irregularidade climática. Essa também será a maior produção estadual da oleaginosa, conforme dados da série histórica da Conab, iniciada em 1977.
Expansão com tecnologia
A área ocupada por lavouras de soja tem apresentado crescimento contínuo em Mato Grosso do Sul nos últimos anos. Na safra 2018/2019 foram cultivados 2,98 milhões de hectares com a oleaginosa, passando para 3,8 milhões de hectares na temporada atual, um aumento de 31%.
Segundo o secretário, os dados foram obtidos por meio de um estudo feito pela Semadesc. “Esse crescimento é contínuo e acelerado e o mais importante vem permeado de tecnologia e inovação”, acrescentou.
A previsão é de que, nos próximos três anos, esse processo seja acelerado e a cultura passe a ocupar 4,5 milhões de hectares.