Um mapeamento realizado pela Embrapa, intitulado Radar Agtech, demonstrou que o país conta com mais de 1,7 mil startups no setor agropecuário. O levantamento aponta que 61,4% estão localizadas na região sudeste; 25,6% na região sul; 6,2% no centro-oeste; 5,2% na região nordeste; e 1,5% na região norte. Este é o assunto do #MercadoAgropecuário desta segunda-feira (28).
As startups foram distribuídas em 3 segmentos: antes, dentro e depois da fazenda, descrevendo 33 categorias com base no mercado de atuação e no campo tecnológico envolvido, e foram destacados aspectos geográficos e de investimentos em agtechs.
O estudo do Radar Agtechs Brasil 2022 identificou 242 Agtech (14,2%) atuando antes da fazenda, 705 dentro da fazenda (41,4%) e 756 agtechs depois da fazenda (44,4%).
O assessor técnico de inovação do Senar/MS, Nelson Silva, explica que as startups são peças fundamentais para promover a inovação. “As agtechs são empresas com embasamento tecnológico que tem como objetivo desenvolver e ampliar resultados em negócios do setor agropecuário, buscando tecnologias digitais”.
Campo de oportunidades para o uso de inovação
O último Censo Agropecuário do IBGE em 2017, aponta que, em Mato Grosso do Sul, 60,74% dos estabelecimentos rurais são de base familiar. As propriedades familiares representam apenas 3,91% de toda a área rural do estado.
O Estado conta com mais de 43,2 mil propriedades de agricultura familiar e aproximadamente 28 mil são não agricultura familiar. Ao todo, são 71,1 mil propriedades em Mato Grosso do Sul totalizando 30,5 milhões de hectares.
Para 60,83% dos estabelecimentos agropecuários da agricultura familiar a área é inferior a 20 hectares, o que equivale a 26.294 propriedades. Dos estabelecimentos agropecuários de Mato Grosso do Sul com menos de 50 hectares, 82,39% deles é de base familiar.
Também foram registrados aproximadamente 3,7 mil estabelecimentos agropecuários com agroindústria rural. Os produtos fabricados por essas unidades somavam 27 itens. O destaque foi a produção de queijo e requeijão realizada em 83,70% das unidades. O segundo lugar foi a produção de doces e geleias em 10,10% dos estabelecimentos e em terceiro a rapadura, com 5%.
De acordo com a Lei 11.326, para ser classificado como agricultura familiar o estabelecimento deve ser de pequeno porte (até 4 módulos fiscais); ter metade da força de trabalho familiar; atividade agrícola no estabelecimento deve compor, no mínimo, metade da renda familiar; e ter gestão estritamente familiar.