Produtividade estimada é de 78,13 sc/ha, a média de sacas por hectare é considerada conservadora para potencial produtivo da cultura
Dados do último boletim do Siga MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio de Mato Grosso do Sul), a área plantada da safra do milho 2021/2022, isto é, 1.992 milhão de hectares, apresenta retração de 12,6%, quando comparado com a segunda safra 2020/2021 que foi de 2,28 milhões de hectares.
A produtividade estimada é de 78,13 sc/ha, a média de sacas por hectare é considerada conservadora para potencial produtivo da cultura, gerando produção de 9,34 milhões de toneladas. O que explica isso são alguns fatores como a alta demanda por grãos que pode impulsionar o aumento da área; prognóstico climático que demonstra grande variação das chuvas ao decorrer da safra, produtor pode ter vários problemas ao efetuar a semeadura fora da janela recomendada do Zoneamento Agrícola de Risco Climático, em alguns solos argilosos podendo efetuar o plantio com 40% de risco até dia 31 março; e Muitos produtores optando por culturas de exigem menor demanda hídrica.
O relatório detalha ainda que o preço médio do milho é de R$ 89,63 por hectare, e 25,5% da safra já foi comercializada.
Soja
Após os danos causados pela estiagem na safra 2021/2022 a área continua estimada em 3,776 milhões de hectares para Mato Grosso do Sul com aumento de 7% quando comparada com a área da safra 2020/2021, que foi de 3,529 milhões de hectares. Entretanto, até o mês de dezembro a produtividade teve uma retração de 4,77%, passando de 56,38 para 53,69 sc/ha, reduzindo em 4,77% a expectativa de produção de grãos, passando de 12,773 para 12,164 milhões de toneladas.
No entanto, os danos foram maiores até dia 18 de janeiro, as condições se agravaram, a produtividade passando de 53,69 para 50,60 sc/ha uma retração de 5,76% e a produção passando de 12,164 para 11,464 milhões de toneladas, uma retração de 5,75%. Quando comparamos a produtividade da safra passada 2020/2021 temos uma retração de 19,48% na produtividade, passando de 62,84 para 50,60 sc/ha. Já na produção temos uma retração de 13,84%, passando de 13,306 para 11,464 milhões de toneladas.
Ainda de acordo com o Siga, alguns fatores devem ser observados: 1 - Analisando o contexto da estiagem no estado de Mato Grosso do Sul, identificou-se que o estresse hídrico foi mais acentuado em áreas de primeiro ano, e plantio convencional, com presença de plantas com estádio de desenvolvimento prematuro, ou seja, antes do fechamento do dossel da lavoura, estádios que vão desde V3 a VN. Há outras áreas que foram atingidas quando as plantas estavam no período reprodutivo, desde o florescimento ao enchimento de grão. A deficiência hídrica nesses períodos geram perdas irreversíveis, pois interfere diretamente na reserva nutricional do grão (lipídios, carboidratos e proteínas). Os sintomas encontrados vão desde a morte de plantas (reduzindo drasticamente o stand de plantas na lavoura), amarelamento das folhas, nanismo de plantas, enrolamento das folhas, queda de folhas e aceleramento das fases fenológicas (planta entra em senescência mais rápido).
Lembrando que os técnicos continuam monitorando as condições das lavouras no estado de Mato Grosso do Sul, onde a produtividade e área poderá ser revisada novamente.