Neste domingo, 28 de julho, Willian Lima marcou um feito histórico para o judô brasileiro ao se tornar o primeiro judoca masculino a alcançar uma final olímpica desde Sydney 2000. Com apenas 24 anos, o paulista assegurou o primeiro pódio brasileiro na capital francesa, encerrando uma espera de quase 25 anos por uma medalha na categoria meio-leve (até 66kg).
Desde os Jogos de Sydney 2000, onde Tiago Camilo e Carlos Honorato ganharam medalhas de prata, o Brasil não havia conseguido avançar até a decisão na categoria masculina. Willian, que tinha apenas oito meses na época, agora segue o legado de grandes nomes como Rogério Sampaio, Daniel Cargnin e João Derly.
Na Arena Champs de Mars, Willian Lima fez uma trajetória brilhante. Na primeira rodada, venceu o uzbeque Sardor Nurillaev com um waza-ari a seis segundos do fim. Em seguida, avançou após a desqualificação do turcomeno Serdar Rahimov, que recebeu três punições.
Nas quartas de final, Willian derrotou o mongol Baskhuu Yondonperenlei com um ippon. Na semifinal, superou o cazaque Gusman Kyrgyzbayev com outro ippon, garantindo sua vaga na final.
Na decisão, enfrentou Hifumi Abe, campeão olímpico de Tóquio 2020, e acabou sendo derrotado. Apesar da derrota, a conquista da prata é um marco para o judô brasileiro.
Willian, que já havia obtido bronze nos Grand Slams de Tblisi e Tashkent em 2024 e prata no Grand Slam de Antalya em 2022, além de ouro no Campeonato Pan-Americano e bronze nos Jogos Pan-americanos de Santiago 2023, celebrou a conquista com a família. "Eu fico muito feliz porque eu falei que ia chegar aqui, conquistar uma medalha, sair do pódio e colocar no pescoço do meu filho. Eu só estou pensando nisso agora, que eu quero sair do pódio e entregar a medalha pra ele", disse emocionado.
A medalha de prata de Willian Lima é um reconhecimento ao esforço e à dedicação ao esporte, e marca um retorno glorioso para o judô masculino brasileiro nos Jogos Olímpicos.