A 21ª Seção do Tribunal de Justiça de Barcelona aceitou o pedido da defesa de Daniel Alves para deixá-lo em liberdade provisória após 14 meses de prisão preventiva. O jogador brasileiro havia sido condenado a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira, mediante fiança de 1 milhão de euros, entrega dos passaportes brasileiro e espanhol, e restrições de movimento e comunicação com a vítima.
A corte decidiu deixar o lateral fora da prisão enquanto os recursos são julgados, com base na necessidade objetiva da prisão preventiva e considerando as circunstâncias pessoais do réu. A única objeção veio de Luis Belestá, que argumentou a manutenção da prisão preventiva até metade da pena, destacando os riscos de fuga.
Daniel Alves garantiu permanecer na Espanha até o fim do processo, reforçando que Barcelona é seu local de residência. Sua defesa propôs medidas alternativas à prisão, como fiança e apresentação periódica ao tribunal, enquanto a acusação e a promotoria se opuseram, alegando risco de fuga.
Devido a uma crise no sistema carcerário da Catalunha, Alves participou da audiência via videoconferência, estando no Centro Penitenciário Brians 2, onde cumpre a prisão preventiva. O pedido da defesa era para aguardar a decisão dos recursos em liberdade provisória, enquanto todas as partes recorreram da sentença, com a defesa pedindo absolvição e a acusação demandando pena máxima.
Além dos problemas judiciais, Alves enfrenta questões financeiras devido a uma disputa com a ex-esposa, resultando no bloqueio de suas contas. Antes do julgamento, pagou uma indenização de 150 mil euros à vítima, proveniente de uma doação da família de Neymar. A defesa continua trabalhando para provar a inocência do jogador, aguardando a decisão definitiva do tribunal.