Lando Norris conquistou sua primeira vitória na temporada 2025 da Fórmula 1 ao vencer o GP da Austrália, realizado na madrugada deste domingo (16), no Circuito Albert Park, em Melbourne. O piloto da McLaren superou condições climáticas instáveis e resistiu à forte pressão de Max Verstappen (RBR) nas voltas finais para cruzar a linha de chegada na primeira posição. George Russell (Mercedes) completou o pódio em terceiro lugar.
A corrida, marcada por um início caótico e diversas bandeiras amarelas, teve seis abandonos, incluindo o do brasileiro Gabriel Bortoleto, da Sauber. O estreante perdeu o controle do carro na volta 47, bateu no muro e teve que deixar a prova. Antes disso, o piloto já havia recebido uma punição de cinco segundos por uma saída insegura dos boxes.
A expectativa de uma corrida sob condições climáticas desafiadoras se confirmou ainda antes da largada. A forte chuva que caiu sobre o circuito nas horas que antecederam a prova deixou a pista úmida e traiçoeira, o que já causou o primeiro incidente antes mesmo da bandeira verde: Isack Hadjar (RB) rodou na volta de apresentação e ficou fora da corrida.
Quando as luzes se apagaram, Lando Norris sustentou a liderança sobre Max Verstappen, enquanto George Russell e Oscar Piastri disputavam a terceira posição. A primeira volta teve mais dois abandonos: Jack Doohan (Alpine) perdeu o controle na curva 6 e, logo depois, Carlos Sainz (Williams) rodou sozinho e bateu no muro. Com isso, o safety car foi acionado ainda no segundo giro da prova.
Após oito voltas sob bandeira amarela, a relargada manteve Norris na liderança, seguido de perto por Verstappen e Piastri. No entanto, o australiano da McLaren conseguiu recuperar a segunda posição no 17º giro, depois que o piloto da RBR cometeu um erro e escapou da pista.
O ritmo da prova estabilizou até a volta 34, quando Fernando Alonso (Aston Martin) rodou e bateu no muro, provocando uma nova bandeira amarela. Esse foi o momento para que parte do grid optasse por pneus de pista seca, já que a chuva parecia ter cessado.
A McLaren chamou seus dois pilotos para os boxes, colocando compostos duros em Norris e Piastri. Verstappen, por sua vez, escolheu pneus médios, enquanto outros pilotos, como Russell e Bortoleto, também realizaram trocas estratégicas.
A bandeira amarela foi retirada na volta 42, mas a tranquilidade durou pouco. Dois giros depois, uma nova pancada de chuva atingiu o circuito e alterou completamente o cenário da corrida. Com os pneus de pista seca, Norris e Piastri enfrentaram dificuldades para manter o carro na pista. O britânico escapou para a brita, mas conseguiu retornar rapidamente. Já o australiano demorou a se recuperar e perdeu posições, saindo da briga pelo pódio.
Com a chuva aumentando, todos os pilotos foram forçados a retornar aos boxes para colocar pneus intermediários. Durante esse período, Liam Lawson (RBR) perdeu o controle do carro e bateu, provocando mais uma bandeira amarela. Pouco depois, Gabriel Bortoleto rodou em alta velocidade e acertou o muro, danificando sua Sauber e obrigando-o a abandonar a corrida.
Antes do acidente, o brasileiro vinha se mantendo na 13ª posição e havia sido punido com cinco segundos por uma liberação insegura dos boxes, que quase resultou em uma colisão com Lawson. Além disso, ele relatou problemas nos freios ao longo da prova.
Na volta 51, a corrida foi retomada com Norris reassumindo a ponta, mas com Verstappen muito próximo. O tetracampeão mundial tentou pressionar o britânico, chegando a ficar a menos de meio segundo de distância. No entanto, Norris resistiu bem e conseguiu segurar a posição até a bandeirada, garantindo sua primeira vitória no ano.
Russell, que estava em quarto antes da última rodada de pit stops, aproveitou-se dos erros de Piastri e herdou a terceira colocação, completando o pódio.
Abandonaram: Liam Lawson (RBR), Gabriel Bortoleto (Sauber), Fernando Alonso (Aston Martin), Carlos Sainz (Williams), Jack Doohan (Alpine) e Isack Hadjar (RB).
A Fórmula 1 retorna no próximo fim de semana para a segunda etapa do campeonato, com o GP da China, em Xangai.