O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) negou pedido da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) para reconsiderar a suspensão dos repasses financeiros oriundos de órgãos públicos estaduais e municipais. A decisão foi assinada na última terça-feira (10) pelo promotor de Justiça Gevair Ferreira Lima Júnior, após análise de inconsistências no pedido feito pela entidade.
A suspensão dos repasses foi determinada após auditoria que identificou falhas na prestação de contas do Convênio nº 25.536/2016, firmado entre o poder público e a então Liga de Futebol Profissional de Mato Grosso do Sul, entidade presidida à época por Estevão Petrallás, atual presidente da FFMS.
Segundo o MPMS, há uma “inconsistência temporal” no pedido apresentado pela Federação, já que Petrallás assinou o convênio em março de 2016, se identificando formalmente como presidente da Liga.
O promotor Gevair Ferreira afirmou que a manutenção do bloqueio dos repasses é necessária diante das incongruências detectadas e do dano já apontado. “A suspensão não restaura o patrimônio público lesado”, destacou, mencionando que o prejuízo pode chegar a quase R$ 120 mil. Segundo ele, o ressarcimento pressupõe o retorno efetivo dos valores aos cofres públicos.
Na decisão, o MPMS também requisita que a Federação comprove, em até 10 dias úteis, a atual condição de Petrallás como presidente da Liga, apresente extratos bancários referentes aos pagamentos realizados e outros documentos que comprovem a regularidade das operações realizadas com recursos públicos.
A investigação segue acompanhada pelo MPMS, que mantém a suspensão preventiva de novos repasses públicos à Federação até que sejam devidamente esclarecidos os pontos levantados na auditoria.