O ex-jogador Wlamir Marques, um dos maiores nomes da história do basquete brasileiro, morreu nesta terça-feira, aos 87 anos. Ele estava internado no Hospital Santa Maggiore, em São Paulo. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Conhecido como "Diabo Loiro", Wlamir foi peça fundamental na conquista do bicampeonato mundial da seleção brasileira, em 1959 e 1963, além de ter ajudado a equipe a conquistar duas medalhas de bronze olímpicas, em Roma 1960 e Tóquio 1964.
Natural de São Vicente (SP), Wlamir Marques iniciou no basquete ainda criança e, ao longo da carreira, vestiu as camisas de clubes como XV de Piracicaba, Corinthians e Tênis Clube de Campinas. No Corinthians, permaneceu por dez anos, conquistando oito títulos paulistas.
Seu desempenho o transformou em um dos maiores jogadores da história do basquete nacional, sendo homenageado com seu nome no ginásio do Corinthians, batizado de Ginásio Wlamir Marques em 2016. Três anos antes, o Tumiaru, clube onde iniciou, também nomeou suas instalações esportivas em sua homenagem.
Além de atleta, Wlamir também teve passagens como técnico em equipes masculinas e femininas, além de atuar como comentarista esportivo e professor universitário.
Wlamir Marques defendeu a seleção brasileira por 17 anos, disputando quatro Jogos Olímpicos e quatro Mundiais, conquistando dois títulos e dois vice-campeonatos. Ele também participou de edições dos Jogos Pan-Americanos, conquistando medalhas para o Brasil.
Aposentado das quadras, Wlamir ainda foi homenageado pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB), que batizou com seu nome o troféu de melhor jogador do Campeonato Brasileiro adulto. Em 2019, a Federação Internacional de Basquete (Fiba) reconheceu que a histórica vitória do Corinthians sobre o Real Madrid, em 1965, com 51 pontos marcados por Wlamir, inspirou a criação do Mundial de Clubes.
Com uma trajetória marcada por conquistas e homenagens, Wlamir Marques deixa um legado no esporte brasileiro.