Kylian Mbappé entrou com uma ação judicial contra o Paris Saint-Germain, seu ex-clube, por assédio moral e tentativa de extorsão. A denúncia foi apresentada no Ministério Público de Paris no último dia 16 de maio e divulgada nesta terça-feira pela agência de notícias AFP. Dois juízes de instrução foram nomeados para investigar o caso.
De acordo com a defesa do jogador, o PSG utilizou práticas de "lofting" — termo utilizado na França para descrever o afastamento forçado de atletas como forma de pressão — para tentar forçá-lo a renovar contrato durante a temporada 2023. Mbappé foi afastado do elenco principal na pré-temporada daquele ano e só foi reintegrado após acordo verbal com a diretoria.
No centro do litígio está uma quantia de 55 milhões de euros (cerca de R$ 358 milhões) referente a três meses de salários não pagos e ao bônus de assinatura do último contrato com o clube. O PSG alega que houve um compromisso verbal por parte do jogador de abrir mão desse valor, o que, segundo os dirigentes, influenciou diretamente na sua volta ao elenco.
O atacante, por sua vez, nega qualquer renúncia formal aos valores e exige o pagamento integral. Seus representantes afirmaram, no início de abril, que Mbappé havia decidido "partir para a ofensiva" contra o clube. Além da denúncia no Ministério Público, também foi apresentado um pedido à UEFA para que o PSG não receba a licença para disputar a próxima edição da Liga dos Campeões da Europa.
Enquanto o processo segue tramitando na justiça trabalhista da França e sob análise da UEFA, Mbappé está nos Estados Unidos com o Real Madrid, para a disputa da Copa do Mundo de Clubes. O time espanhol enfrenta o RB Salzburg nesta quinta-feira, às 21h (do MS), pela última rodada da fase de grupos.