A lesão de Neymar, que resultou na ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, pode ter implicações financeiras significativas para o seu clube, o Al-Hilal da Arábia Saudita. Existe a possibilidade de o clube recorrer ao Programa de Proteção de Clubes da FIFA, que oferece uma compensação quando um jogador se lesiona representando sua seleção nacional em uma competição da FIFA e fica impossibilitado de jogar por mais de 28 dias consecutivos.
Segundo o especialista em direito desportivo internacional, Eduardo Carlezzo, a FIFA cobre no máximo um ano de lesão, e o valor da indenização é limitado a 7,5 milhões de euros (aproximadamente R$ 40 milhões). No entanto, essa quantia está longe de cobrir o salário de Neymar no Al-Hilal. O jogador tem ganhos anuais de cerca de US$ 112 milhões (R$ 566 milhões), de acordo com a Forbes.
Neymar transferiu-se do PSG para o Al-Hilal na última janela de transferências europeia, assinando um contrato de dois anos com o clube saudita. Até a sua lesão no jogo contra o Uruguai pelas Eliminatórias, Neymar havia disputado apenas cinco partidas e marcado um gol pelo Al-Hilal.
Carlezzo destaca que o valor total disponibilizado anualmente pelo programa da FIFA para todos os clubes em caso de lesões é de 80 milhões de euros (R$ 400 milhões), o que demonstra a limitação de recursos para este tipo de situação.
A lesão de Neymar não apenas representa uma perda esportiva para o Al-Hilal, mas também levanta questões sobre os aspectos financeiros envolvidos. O Programa de Proteção de Clubes da FIFA oferece uma compensação, porém, dada a magnitude dos vencimentos de Neymar, essa indenização é apenas uma fração do seu salário. O caso destaca a complexidade das questões financeiras no mundo do futebol de alto nível.