O ex-campeão peso-pesado do UFC, Cain Velasquez, foi sentenciado a cinco anos de prisão em regime fechado nos Estados Unidos. A decisão, anunciada nesta terça-feira (26), encerra um processo judicial que se estendeu por três anos no estado da Califórnia. Inicialmente, Velasquez enfrentava dez acusações, incluindo tentativa de homicídio premeditado, agressão e uso indevido de arma de fogo, após perseguir e atirar contra um homem suspeito de abusar de seu filho. A promotoria chegou a solicitar uma pena de 30 anos, mas um acordo reduziu significativamente a sentença.
O incidente ocorreu em 2022, quando Velasquez perseguiu por quase 20 km, em San Jose, Harry Goularte, homem acusado de abusar sexualmente de seu filho de quatro anos. Durante a perseguição, o ex-lutador disparou diversas vezes contra o veículo de Goularte, atingindo o padrasto do suspeito, Paul Bender, que sofreu ferimentos leves.
Velasquez foi preso após o ocorrido e permaneceu nove meses detido até obter liberdade provisória. Durante esse período, o caso gerou grande repercussão, com figuras do mundo do MMA, como Dana White e Daniel Cormier, manifestando apoio ao ex-campeão.
O julgamento civil de Goularte está marcado para 19 de maio. A mãe do suspeito, Patricia Goularte, e o padrasto, Paul Bender, também serão julgados sob acusações de omissão e cumplicidade no suposto abuso, pois eram responsáveis pela creche onde os atos teriam ocorrido. O processo pode resultar em sanções administrativas e financeiras contra a instituição e seus proprietários.
Já o julgamento criminal de Goularte ainda não tem data definida. Caso seja considerado culpado, ele pode ser condenado a até oito anos de prisão e ao pagamento de multa de US$ 10 mil (R$ 57 mil). Em 2022, após o episódio que levou Velasquez à prisão, Goularte foi detido por dois dias e liberado após pagar fiança de US$ 50 mil (R$ 288 mil na cotação atual).
A sentença de Velasquez marca o desfecho de um dos casos judiciais mais comentados do esporte nos últimos anos. Enquanto isso, o processo contra o suspeito de abuso segue em andamento.