A CPI da Manipulação no Futebol anunciou uma decisão que impactará as investigações em torno de fraudes em apostas esportivas no Brasil. A comissão, criada para investigar denúncias relacionadas a esse tema, prorrogou seu prazo de funcionamento por mais 60 dias, estendendo-se até 13 de novembro. A medida visa aprofundar as investigações após a Operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás, ter levantado diversas questões no âmbito das apostas esportivas.
A decisão de prorrogar o prazo de funcionamento da CPI foi tomada durante a sessão realizada na última quarta-feira (16). Entre os itens aprovados durante a reunião, destaca-se a convocação de figuras importantes do mundo do futebol para prestar esclarecimentos. O jogador Alef Manga, sob a condição de investigado, foi convocado para apresentar informações relacionadas às denúncias de fraudes. Além disso, Nino Paraíba também foi chamado a depor, porém, na qualidade de testemunha. Ambos os jogadores tiveram seus nomes envolvidos em questões disciplinares e punições impostas pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
A abrangência das investigações também se estendeu para além dos jogadores. Roberto Carvalho Brasil Fernandes, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Andreas Krannich, Diretor Administrativo da Agência de Monitoramento de Apostas Sportradar Integrity Services, e Deyvid Martins Gomes, sócio-administrador da Pagsmile Intermediação, foram convocados a prestar esclarecimentos sobre as implicações das apostas esportivas no futebol brasileiro.
Além das convocações, a CPI da Manipulação no Futebol planeja obter informações cruciais de diversas entidades. Entre elas estão o Ministério da Fazenda, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), o Ministro da Justiça Flávio Dino e a Polícia Federal. Essas informações poderão contribuir para a compreensão mais aprofundada das complexas dinâmicas envolvendo fraudes e manipulações nas apostas esportivas.