Com a aproximação da janela regular de transferências — que abre em 10 de julho e se encerra em 2 de setembro — o Corinthians já trabalha para reforçar o elenco com criatividade, sem comprometer o orçamento. Em entrevista ao ge, o executivo de futebol Fabinho Soldado afirmou que o clube busca jogadores que sejam oportunidades de mercado, em especial um ponta com características de velocidade e drible, semelhante ao jovem Wesley.
— A posição que realmente podemos falar é a de um extremo, um ponta. Já era uma necessidade antiga nossa — disse Fabinho, reforçando que o perfil desejado é de um atleta rápido e com capacidade de vencer duelos individuais no ataque.
Apesar da intenção de reforçar o grupo comandado por Dorival Júnior, o dirigente reconheceu os limites financeiros do clube e afirmou que o foco está em atletas em fim de contrato ou que possam chegar por valores acessíveis. As decisões são tomadas em conjunto com o treinador e o departamento de scout.
— Temos que ser criativos. O departamento está preparado, capacitado para trabalhar em todas essas frentes — comentou.
Com nomes valorizados no elenco, como Yuri Alberto, Memphis Depay, Breno Bidon e Rodrigo Garro, o Corinthians sabe que pode receber propostas da Europa. Fabinho garantiu, no entanto, que o clube só aceitará negociações que sejam vantajosas.
— Para um clube sentar conosco e levar algum dos jogadores desse nível tem que valer a pena. Essas propostas não chegam toda hora porque não é qualquer clube que tem condições de fazer isso — afirmou.
Questionado sobre uma possível oferta do Wolverhampton por Yuri Alberto, na casa dos 35 milhões de euros, Fabinho negou ter recebido qualquer proposta concreta até o momento. O mesmo vale para Memphis, que teve o nome envolvido em especulações devido ao cenário político do clube.
— Estou todos os dias com o Memphis aqui no CT. Ele nunca demonstrou insatisfação, nunca me chamou para falar nada. Se acontecer em algum momento, vamos sentar e ouvir. Mas hoje não há nada — explicou.
Fabinho também destacou a importância da manutenção do elenco e elogiou a estabilidade recente na gestão do clube, após a posse do presidente Osmar Stabile. Segundo ele, a confiança no trabalho desenvolvido e o vínculo com o clube e a cidade de São Paulo pesaram para recusar propostas de outras equipes, como o Santos.
— Estou feliz no clube, minha família ama morar em São Paulo. Isso pesa, você cria raízes. Agora, com o novo presidente, você percebe que a confiança no trabalho permanece — afirmou.
Com o Corinthians em reconstrução desde o início de 2024, o executivo disse que a meta para o restante do Campeonato Brasileiro é subir na tabela e consolidar uma base para disputar torneios internacionais com regularidade nos próximos anos.
— É inadmissível o que aconteceu no Brasileirão de 2024, o Corinthians não pode brigar pelo o que brigou. Temos condições de ficar em uma posição melhor e surpreender no campeonato — concluiu.
O clube segue atento às movimentações do mercado, mas sem se desviar do objetivo de equilíbrio financeiro e evolução contínua do projeto esportivo.