O Consórcio Fla-Flu, formado por Flamengo e Fluminense, saiu vitorioso na concorrência pública para operar e explorar o Complexo Maracanã pelos próximos 20 anos, conforme proposta financeira aberta na última quarta-feira. A oferta, que será oficializada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro nos próximos dias, prevê uma média de 77 jogos anuais no Maracanã, além de um show para 100 mil pessoas a cada ano, sempre em janeiro.
O Consórcio Fla-Flu ofereceu uma outorga fixa anual de R$ 20.060.874,12 ao Governo, totalizando mais de R$ 401 milhões ao longo do contrato. A projeção de receita anual média é de R$ 124.8 milhões, com destaque para a exploração com jogos, aluguel de camarotes, visitas guiadas, estacionamento e patrocínios.
As despesas anuais médias estão estimadas em R$ 59,7 milhões, incluindo manutenção geral do Maracanã e Maracanãzinho, energia elétrica e folha de pagamento de colaboradores. O contrato prevê intervenções obrigatórias, totalizando mais de R$ 117 milhões em investimentos, como recuperação do Museu do Futebol, recuperação civil do equipamento e adequação dos sistemas eletrônicos.
O Maracanã estará aberto para jogos de outros times do Rio de Janeiro, mediante pagamento de R$ 250 mil no borderô operacional. No entanto, há ressalvas quanto às limitações operacionais, regras de segurança e qualidade dos serviços e equipamentos do Complexo.
A proposta também inclui cerca de R$ 7 milhões de investimento no gramado durante o período de concessão, com trocas anuais do campo de jogo.
A vitória do Consórcio Fla-Flu representa um marco na gestão do Complexo Maracanã e promete trazer melhorias significativas para o estádio e para o futebol carioca como um todo.