Uma confusão durante a semifinal do Campeonato Estadual de Futsal Sub-8 e Sub-11 Masculino mobilizou a Polícia Militar e terminou em registro de ocorrência na manhã deste sábado (3), no município de Jardim, em Mato Grosso do Sul. O episódio envolveu o técnico da equipe Mussi Sports, Antônio Carlos Mussi, e policiais militares, durante partida realizada com a presença de crianças e famílias.
Imagens que circularam nas redes sociais mostram o momento em que o técnico discute com dois policiais. Um dos agentes utiliza spray de pimenta no rosto de Antônio e o empurra. O técnico se abaixa, enquanto os policiais o contêm.
Segundo informações da Federação de Futsal de Mato Grosso do Sul, o incidente teve início após a marcação de um cartão amarelo contra um atleta da equipe Mussi Sports, durante a cobrança de uma falta. Inconformado com a decisão, o técnico teria questionado o árbitro de forma insistente e, após novo cartão, foi expulso da partida.
De acordo com o presidente da Federação, Mauro Augusto Ferrari, o regulamento da competição estabelece que uma equipe não pode permanecer em quadra sem a presença de um técnico ou responsável legal. Como Antônio se recusou a deixar o local, a arbitragem solicitou o apoio da Polícia Militar.
No boletim de ocorrência registrado pela PM, consta que o técnico teria desacatado os policiais ao ser informado de que deveria deixar o ginásio. Segundo o relato, ele recebeu voz de prisão e, ao resistir à condução, os agentes fizeram uso do spray de pimenta para conter a situação.
Antônio foi conduzido à delegacia, prestou depoimento e foi liberado em seguida. Ele nega ter agido de forma agressiva e afirma que apenas questionava a regra do jogo quando foi abordado pelos policiais. “Eu estava exercendo minha profissão, trabalhando com crianças de 10 e 11 anos, e a polícia chegou e fez o que fez. Disseram que eu desacatei, mas as imagens falam por si”, declarou.
A Polícia Militar informou que o uso do spray foi uma medida de contenção e que não houve agressão física. Em nota, a corporação disse que a escolha por não algemar o técnico foi tomada justamente para evitar constrangimento às crianças e familiares presentes. “Ele foi levado à delegacia sem algemas, pois se acalmou. O spray foi utilizado justamente para evitar o uso de algemas na frente das crianças e das famílias que estavam no local”, conclui o comunicado.